B3 (B3SA3): Ativa recomenda compra, mas diminui preço-alvo para R$ 19,00

Para a Ativa Investimentos, o mercado de capitais brasileiro está sofrendo uma grande transformação e, nesse contexto, a B3 (B3SA3) se destaca. “Mais do que resiliente, a empresa se mostra anti-frágil em momentos de extrema volatilidade”, afirma em relatório de recomendação divulgado nesta segunda-feira (06).

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A corretora acredita que a B3 possui uma receita diversificada e verticalizada, além do monopólio nacional na negociação e pós-negociação de ativos de renda variável no mercado brasileiro.

A empresa é responsável não só pela infraestrutura de negociação de ações, mas também de derivativos, juros e moeda. De 2019 para cá, o número de investidores da Brasil, Bolsa, Balcão saltou de 1 milhão para 3,5 milhões.

“Enxergamos potencial de valorização para a companhia, devido a suas vantagens competitivas em um ambiente de expansão do número de investidores e de listagens de empresas”, indicam os analistas da Ativa.

Isso porque, além do aumento de investidores na bolsa brasileira, nos dois últimos anos houve um grande número de listagens na B3, os chamados IPOs. As novas ofertas não só estimulam o volume de negociações, como também geram receita para a empresa por meio da cobrança de tarifas por listagem.

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Com isso, a Ativa reiterou sua recomendação de compra para as ações B3SA3, porém, o preço-alvo passou por revisão. De R$ 22,00 na última recomendação para R$ 19,00 nesta, com potencial de valorização de 35,2% com base na cotação da B3 de sexta, dia 03 (R$ 14,05).

Os riscos da B3

Dentre os riscos que a Ativa descreve para os investimentos na B3, o destaque ficou para a possibilidade de entrada de uma nova bolsa no Brasil.

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Segundo os analistas da corretora, isso prejudicaria a receita de trading, que compõe 20% da receita com ações, juros e derivativos. Os outros 80% são receitas do segmento de pós-negociação.

Além da competição local, a Ativa ressalta que a B3 pode perder potenciais listagens para as bolsas americanas.

A conclusão fica para o fato da bolsa brasileira ser uma boa pagadora de dividendos. “A B3 possui sólida posição de caixa, baixa alavancagem e uma estrutura asset light, isto é, pouco intensiva em capital físico. Isso faz com que a empresa seja uma das grandes geradoras de caixa da bolsa, que é devolvido para o acionista por meio de dividendos, JCPs ou programas de recompra”.

Última cotação

Às 12:20 desta segunda, a cotação da B3 no Ibovespa apresentava alta de 0,21%, com as ações valendo R$ 14,08.

Nos últimos 12 meses, as ações da B3 acumulam desvalorização de 21,70%.

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Monique Lima

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