B3 (B3SA3): Ações disparam com Selic e ‘efeito gringo’; entenda

As ações da B3 (B3SA3) dispararam nesta quinta-feira (4), figurando dentre as maiores altas do Ibovespa. Os papéis chegaram a avançar mais de 4% na primeira hora de pregão, mas desaceleraram para 2,5% por volta das 12h15. Fecharam com alta de 2,22%, a R$ 11,96.

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A onda de otimismo com as ações da B3 vem por conta de um relatório de sell-side do Santander. No parecer, os analistas aumentaram as expectativas com os papéis, recomendando compra com preço-alvo de R$ 15, ao passo que os papéis operam abaixo dos R$ 12 atualmente.

No relatório, o Santander aponta como um dos principais drivers a taxa básica de juros, que deve convergir para um dígito ao longo de 2024.

Os analistas ainda destacam o fato de que os papéis B3SA3 caem cerca de 20% neste ano e ao mesmo tempo investidores estrangeiros estão mais construtivos em relação às ações brasileiras.

“Nas nossas recentes interações com investidores estrangeiros, temos visto uma maior clima construtivo em relação às ações do Brasil. Acreditamos que quando e se o fluxo estrangeiro chegar ao Brasil (para nós, mais uma questão de “quando” do que de “se”), a B3 poderia ser um veículo para esses investimentos porque alguns investidores veem a B3 como uma proxy do ETF brasileiro, além de ser uma ação de alta liquidez e uma empresa de alta qualidade”, diz a casa.

A expectativa da casa é de que a Selic chegue a um dígito até junho de 2024 – a primeira vez desde janeiro 2022.

“Portanto, acreditamos que a “subpenetração” da bolsa brasileira é uma oportunidade de crescimento para o Brasil”, diz o Santander.

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“Sobre concorrência, acreditamos que o resultado será um mercado mais eficiente, com mais visibilidade internacional, resultando eventualmente em ADTVs [volume médio de negociação diária] estruturais mais elevados no Brasil”, observa a casa.

Com isso, a visão do Santander é de que a concorrência poderia ajudar a resolver o problema do “mercado de ações pouco penetrado”.

Desempenho das ações da B3

As ações da B3 apresentam uma queda de 2,2% no acumulado dos últimos 30 dias. Em uma janela de 12 meses os papéis sobem 11%.

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Eduardo Vargas

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