Todo investidor da Azul (AZUL4) precisa ficar de olho nestes indicadores; saiba quais são
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As ações da Azul (AZUL4) acumulam queda de mais de 60% neste ano, refletindo as preocupações do mercado com a situação financeira da companhia aérea. O mercado vem acompanhando de perto os desdobramentos do processo de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos.

A Azul está enfrentando um processo de Chapter 11, um mecanismo de recuperação judicial norte-americano que permite às empresas reestruturar suas dívidas sob proteção da Justiça, sem interromper as operações.
Diante desse cenário complexo, alguns indicadores financeiros são ainda mais importantes para quem investe ou pretende investir na companhia. Com base em dados coletados na plataforma da Status Invest, nesta segunda-feira (15), confira alguns números relevantes da aérea:
Indicadores de Azul que todo investidor deve acompanhar
Segundo a plataforma, a Azul apresenta atualmente um Preço sobre Valor Patrimonial (P/VP) de -0,16. Um P/VP negativo sinaliza que o patrimônio líquido da empresa está negativo, ou seja, seus passivos superam seus ativos. Isso significa que, contabilmente, a empresa tem mais dívidas do que bens e direitos.
Em linha com isso, o Valor Patrimonial por Ação (VPA) de -8,61 reforça a situação delicada. Esse indicador representa quanto cada ação vale em termos de patrimônio líquido da empresa. Um VPA negativo indica que os acionistas, tecnicamente, têm uma posição negativa por ação.
A alavancagem financeira é outro ponto importante. Com a dívida líquida sobre EBITDA em 8,11 vezes, a Azul apresenta um nível de endividamento preocupante. Esse múltiplo indica quantos anos a empresa levaria para quitar suas dívidas líquidas usando todo seu EBITDA.
Por outro lado, a companhia apresenta uma Margem Ebitda positiva, que sinaliza que, operacionalmente, a Azul ainda consegue gerar caixa, embora insuficiente para cobrir seus custos financeiros.
Relembrando o balanço da Azul (AZUL4) no 2T25
No mês passado, a Azul divulgou os resultados do segundo trimestre de 2025, trazendo números que ilustram tanto os desafios quanto alguns pontos positivos da operação.
A companhia reportou receita líquida recorde de R$ 4,9 bilhões, representando alta de 18,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pela expansão da capacidade, medida em assentos-quilômetro oferecidos (ASK), que avançou 17,5% ano contra ano, com destaque para o crescimento expressivo de 36,8% nas rotas internacionais.
O tráfego de passageiros (RPK) cresceu 19,3%, resultando em uma taxa de ocupação de 81,5%. No aspecto operacional, o EBITDA somou R$ 1,14 bilhão, registrando alta de 8,6% frente ao 2T24.
Vale ressaltar que esta matéria não representa uma indicação de compra ou venda das ações da Azul (AZUL4) e que todas as decisões de investimento devem ser tomadas com base no perfil de risco e objetivos de cada investidor.