Avon afasta executiva após denúncia de trabalho escravo

A Avon, subsidiária do grupo Natura &Co. (NTCO3), anunciou nesta sexta-feira (26) o afastamento da executiva Mariah Corazza Üstündag após denúncia de trabalho escravo e violação dos direitos humanos.

Conforme informações publicadas pelo jornal “Folha de S. Paulo”, a executiva mantinha em sua casa no Alto de Pinheiro, na zona oeste de São Paulo, uma idosa de 61 anos em condições análogas à escravidão. A senhora trabalhava para a família de Üstündag há 20 anos e não tinha direito a salário fixo desde 2011 nem acesso ao banheiro.

A mulher chegou a ser presa, porém foi liberada após pagar a fiança no valor de R$ 2.100. O marido, Dora Üstündag, também foi indiciado pela Polícia Federal.

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Avon se posiciona sobre o caso de executiva envolvida denúncia de trabalho escravo

A Avon foi questionada sobre o caso por uma usuária nas redes sociais e exigindo o posicionamento da empresa. “Como consumidora da marca, estou aguardando um posicionamento da empresa em relação à funcionária que mantinha a idosa escravizada. Caso não tenha um posicionamento, perdeu uma cliente. Obrigada”, escreveu.

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A companhia de cosméticos comunicou, em resposta no seu perfil oficial no Instagram, ter tomado conhecimento do caso e anunciado o afastamento da executivo, porém não a demissão.

“Tomamos conhecimento de denúncias de violação de direitos humanos de uma de suas funcionárias com surpresa e muita preocupação. A funcionária já foi afastada e estamos apurando os detalhes para aplicar as medidas cabíveis de acordo com nosso Código de Ética e Compliance e da legislação brasileira. A Avon repudia qualquer prática ilícita e reforça seu compromisso com a defesa irrestrita ais direitos humanos, transparência e ética”, informou a Avon.

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Arthur Guimarães

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