Ata do COPOM é divulgada sem indicações dos próximos passos

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) foi divulgada nesta terça-feira (18). Não houve indicação acerca das próximas estratégias que o comitê adotará para a manutenção da taxa Selic.

“A atual conjuntura recomenda manutenção de maior flexibilidade para condução da política monetária, o que implica abster-se de fornecer indicações sobre seus próximos passos”, afirmou o COPOM na ata. 

A taxa básica de juros, a taxa Selic foi mantida a 6,5% ao ano no dia 12 de dezembro.

Ainda na ata, o COPOM afirmou que o momento é de “recuperação gradual da economia brasileira”, e mencionou a inflação abaixo do que se esperava.

“Os membros do Comitê avaliaram que, desde sua última reunião, o risco de o nível de ociosidade elevado produzir trajetória prospectiva de inflação abaixo do esperado aumentou e o risco relacionado a uma frustração das expectativas de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira diminuiu”.

“Entretanto, o Comitê ressaltou que os riscos altistas para a inflação permanecem relevantes e seguem com maior peso em seu balanço de riscos”, observou o documento, atentando-se para os riscos ainda existentes de uma alta na inflação.

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COPOM

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é responsável por estabelecer a meta anual de inflação. Em 2018, a meta é de 4,5% e para 2019, a meta é 4,25%.

Desta forma, o COPOM deve regular a taxa Selic a fim de cumprir esta meta anual de inflação:

  • redução dos juros: estimativas para a inflação estão alinhadas com a meta
  • aumento dos juros: estimativas para a inflação estão acima da meta

De acordo com o Boletim Focus divulgado ontem (17), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recebeu projeção de fechar o ano a 3,71%. Este é o indicador oficial da inflação no País.

Já para 2019, o mercado prevê que a inflação feche em 4,07%. Ambas as projeções estão alinhadas às metas do CMN, o que justifica porque o COPOM vem mantendo a taxa Selic em seu patamar mais baixo de toda a história.

Amanda Gushiken

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