Cade aprova venda da Amil para fundador da Qualicorp (QUAL3)

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda da Amil, da United Health Group, para o empresário José Seripieri Filho, que fundou a Qualicorp (QUAL3) e a Qsaúde. O aval foi oficializado no Diário Oficial da União (DOU).

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Segundo o Cade, em seu parecer sobre a operação da venda da Amil, a Superintendência-Geral observou que todas as empresas nas quais o comprador detém participação indireta pertencentes ao Grupo QSaúde não estão em operação.

Foi apontado também que o empresário José Seripieri Filho não possui ações em outras empresas com atividades em mercados horizontal ou verticalmente relacionados àqueles em que atua o Grupo Amil.

“Assim, a operação representa apenas uma substituição de agente econômico e decidiu pela sua aprovação sem restrições”, disse o Cade, lembrando que o negócio também está sujeito à aprovação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Se o Tribunal do Cade não avocar os atos de concentração para análise ou se ninguém recorrer da decisão dentro de um prazo de 15 dias, o aval da SG para a venda será definitivo.

“A Amil atua na operação de planos de saúde médico-hospitalares e de planos exclusivamente odontológicos, individuais, familiares e coletivos em todo o Brasil. O grupo possui ainda hospitais e centros médicos (unidades ambulatoriais) para a prestação de serviços médico-hospitalares, além de contar com rede credenciada de médicos, hospitais e laboratórios. Já o comprador possuiu atividades no ramo de investimentos financeiros e imobiliários”, apontou o Cade.

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Empresário fundador da Qualicorp comprou Amil por R$ 11 bilhões

Amil foi comprada pelo empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp (QUAL3) e da QSaúde. O valor da transação foi de R$ 11 bilhões.

A Amil vinha sendo disputada também pelo empresário Nelson Tanure, da operadora Alliança, e pelo fundo de private equity americano Bain Capital – que já foi acionista relevante da NotreDame Intermédica no País.

Na maior transação de fusão e aquisição (M&A, na sigla em inglês) feita no país entre uma única pessoa física e uma companhia, José Seripieri Filho, conhecido como Junior, pagará R$ 2 bilhões ao UHG e assumirá passivos de cerca de R$ 9 bilhões. O valor total, porém, pode ser maior por causa de eventuais contenciosos.

Essa foi a estratégia da oferta de Junior, que assume o negócio de “porteira fechada”, mesmo com o risco de enfrentar eventuais gastos maiores no futuro.

Por outro lado, esse também teria sido o motivo pelo qual os americanos da Bain saíram da disputa.

Caso ficassem, as negociações se estenderiam para o próximo ano, algo que o UHG queria evitar.

Procurada, a Amil respondeu que “o UnitedHealth Group Brasil não comenta especulações de mercado”.

A operação da Amil precisava ser submetida ao Cade. Resta agora o aval da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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