Americanas (AMER3): plano de RJ é homologado pela Justiça e CEO diz que ‘fase crítica’ já passou
Nesta segunda-feira (26), a Americanas (AMER3) informou que a Justiça do Rio de Janeiro homologou o Plano de Recuperação Judicial (PRJ) da companhia e suas subsidiárias. O anúncio vai de encontro à decisão da Assembleia Geral de Credores de dezembro do ano passado que permitiu que a empresa entrasse em RJ.
“A Americanas, de acordo com o PRJ aprovado e homologado judicialmente, divulgará comunicados aos credores e ao mercado a respeito dos prazos a serem iniciados com a publicação da decisão judicial que homologou o PRJ”, afirma o fato relevante divulgado pela empresa.
“Acreditamos que foi um ano positivo considerando esse contexto e a incerteza que se dissipou um pouco”, disse o presidente da Americanas, Leonardo Coelho. Ele ainda salientou que a “fase crítica” da crise já foi superada.
A declaração aconteceu também nesta segunda-feira, durante teleconferência de resultados que contou com presença dos principais executivos da varejista. Na oportunidade, eles afirmaram que a aprovação do PRJ da Americanas demonstra que ainda é necessário se recuperar da crise, mas que existe um cenário de melhorias internas, que deve se consolidar até o ano que vem.
A projeção da Americanas para atingir novamente o ponto de equilíbrio (quando a empresa para de dar prejuízo e volta a dar lucro) do braço digital foi adiantado para o segundo semestre de 2025, sendo que na previsão anterior, seria no fim do mesmo ano. “Não dá para dar um cavalo de pau em transatlântico, mas recuperar confiança e voltar a gerar lucro”, avaliou Coelho.
Em 2024, a empresa estará totalmente focada no negócio, segundo o comando da Americanas. As frentes de atuação serão estancar a crise de 2023, voltar a gerar caixa operacional, e criar novas fontes de receita. No ano passado, o foco foi a negociação do PRJ, acordo com credores e estabilização da organização.
Já o planejamento para o próximo ano é geração de caixa operacional em todos os negócios e avançar em iniciativas do plano estratégico abandonadas em função da crise de 2023. Coelho destacou que planeja avançar nas frentes paralelamente. “Não dá para esperar estancar a crise e ter geração de caixa para então acelerar o crescimento. Continuamos avaliando oportunidades”, salientou.
Entre os desafios está criar um novo modelo de loja, segundo o CEO. Para Coelho, é importante criar um desenho inteligente nas lojas físicas, mais flexível, com promoções. A ideia não é mudar a apresentação das unidades, “mas a formatação e a capacidade de ser mais flexível”.
O fechamento de mais lojas físicas também deve acontecer este ano, mas é possível que algumas unidades sejam abertas. Coelho ainda afirmou que as lojas maiores, com mais de 1,5 mil metros quadrados, ainda não chegaram a um modelo ideal para a Americanas.