Ambev (ABEV3) registra lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre
A Ambev (ABEV3) divulgou seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2025, que apontou estabilidade no lucro líquido. A companhia registrou a marca de R$ 3,8 bilhões, mesmo número obtido no mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucros antes de juros, amortizações, impostos e depreciações), por sua vez, atingiu R$ 7,4 bilhões, um aumento de 13,9% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
A receita líquida chegou a R$ 22,5 bilhões e registrou uma elevação de 11% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (R$ 20,3 bilhões).
O LPA Ajustado obteve incremento de 0,4%, uma vez que o crescimento do EBITDA Ajustado foi compensado por maior despesa financeira líquida e pelo aumento das despesas com imposto de renda no Brasil. O fluxo de caixa das atividades operacionais aumentando 67,6% em relação ao 1T24, atingindo R$ 1,2 bilhão.
O volume consolidado apresentou um crescimento de 0,7% liderado especialmente pelo Brasil, onde a alta foi de 1,4%, seguido da América Latina Sul (1,1%). Houve quedas na América Central e Caribe (4,9%) e no Canadá (4,2%¨).
Ambev (ABEV3) anuncia dividendos
Na última quarta-feira (7) o Conselho de Administração da Ambev aprovou a distribuição de dividendos intermediários de aproximadamente R$ 2 bilhões, que deverão ser pagos em julho.
Análises sobre a empresa
A direção da companhia comentou com satisfação os números, ressaltando a solidez do planejamento realizado até agora. “Tivemos um início de ano sólido, impulsionado pela execução da nossa estratégia de crescimento nos mercados em que operamos, entregando mais um trimestre de momentum contínuo da receita líquida, crescimento de dois dígitos do EBITDA Ajustado e expansão das margens”, afirmou Carlos Lisboa, CEO da Ambev.
A BB Investimentos divulgou relatório em que aponta os resultados do primeiro trimestre como positivos, mantendo a recomendação de compra dos papéis da Ambev.
“As ações da Ambev vêm apresentando forte valorização desde o início do ano, de quase 30% (…) a empresa tem conseguido incrementar a receita/hl e compensar pressões advindas do custo/hl e das despesas, bem como expandir o volume de vendas em categorias relevantes para o futuro da companhia.
Os assessores da XP Investimentos destacaram um desempenho acima do esperado, puxado especialmente pelas vendas no Brasil. Os analistas também frisaram que os números em elevação colidem com o quadro de retração do setor, de acordo com dados do IBGE.
O BTG Pactual também destacou o excelente desempenho da Ambev (ABEV3) no mercado brasileiro como impulsionador dos resultados, frisando que tanto o EBITDA quanto o LPA ficaram “um pouco acima das expectativas”. No entanto, o grupo mantém recomendação neutra. “A menos que haja uma nova rotação para nomes defensivos e com alto dividend yield (…), ou que a estratégia centrada em volume leve a um crescimento acelerado dos lucros nos próximos trimestres, não vemos muito espaço para valorização daqui em diante”.