Alibaba visa tecnologia em nuvem e investirá US$ 28 bilhões

A Alibaba Group Holding planeja investir, nos próximos três anos, cerca de 200 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 28 bilhões (R$ 148,27 bilhões), em sua tecnologia de nuvem. A tecnologia também conhecida como cloud se tornou uma das atividades de maior crescimento da companhia, além do e-commerce.

Segundo reportou a agência de notícias “Reuters”, tal decisão remete à importância que a Alibaba dá a sua expensão internacional por meio desta área. Esse investimento ao longo dos três anos é equivalente a quase metade da receita levantada pela empresa em todo o ano passado.

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A companhia estuda montar mais centrais de dados para incrementar sua rede que já cobre 21 regiões em todo o planeta. Além disso, de acordo com o comunicado da gigante varejista, o objetivo da empresa é apoiar o desenvolvimento de tecnologias em áreas como chips que conversem com a inteligência artificial.

Essa tecnologia, em suma, fornece softwares e serviços a clientes à distância por meio de centrais de servidores de grande magnitude.

No trimestre encerrado em dezembro do ano passado, a receita gerada por essa área da Alibaba cresceu 62%, para 10,7 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão). Neste período, inclusive, a companhia perdeu parte de sua liderança global no segmento para a Amazon e a Microsoft.

“O foco principal no médio prazo é ganhar escala em termos de clientes, infraestrutura e oferta de produtos”, disse Vey-Sern Ling, analista da Bloomberg Intelligence, em referência à área de cloud da holding.

Segundo ela, a Alibaba não objetiva lucrar no curto prazo, pois a receita gerada ao longo dos próximos três anos deverá se manter próxima ao que será gasto para a ampliação da divisão.

Tais investimentos no setor poderiam colaborar com a Alibaba a lidar com os impactos na demanda por consumo doméstico sobre sua principal operação. Mesmo antes da China apresentar sua primeira contração do Produto Interno Bruto (PIB) em um mês nos últimos 28 anos, a companhia já havia alertado que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) influenciaria seus negócios.

Jader Lazarini

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