Alibaba (BABA34), dona da AliExpress, vê lucro subir 51% no primeiro trimestre fiscal

Alibaba (BABA34), gigante chinesa de tecnologia e dona da AliExpress, teve um lucro líquido de 34,3 bilhões de yuans (US$ 4,73 bilhões) no primeiro trimestre fiscal, alta de 51% na comparação anual.

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Ainda entre os meses de abril e junho, o conglomerado chinês teve receitas de 2334,1 bilhões de yuans (US$ 32,2 bilhões), alta de 14% em relação ao mesmo período de 2022, considerado o maior aumento anual nas vendas desde o trimestre de setembro de 2021, de acordo com dados da Refinitiv.

Em nota, Daniel Zhang, diretor-presidente da Alibaba, disse que a empresa conseguiu entregar um trimestre robusto, ao mesmo tempo em que avançou na reestruturação de seus negócios. Disse, também, que já vê sinais de melhora na eficiência dos negócios por conta do processo.

A Alibaba, que opera a plataforma de comércio eletrônico Taobao na China e Aliexpress, no exterior, também viu seus números crescerem no período. No país asiático, o faturamento de comércio eletrônico subiu 12% no ano, para 114,9 bilhões de yuans (US$ 15,8 bilhões), enquanto no exterior avançou 41%, a 22,1 bilhões de yuans (US$ 3,05 bilhões).

Em teleconferência de resultados, a administração da Alibaba disse que viu “forte demanda” em seu negócio de nuvem para treinar modelos de inteligência artificial e serviços relacionados. “Acreditamos que a oportunidade de crescimento impulsionada pelos serviços de inteligência artificial está apenas começando. Acreditamos que a revolução tecnológica construída pela IA não é uma oportunidade de curto prazo, mas o início de uma nova era”.

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Alibaba não recomprará ações da afiliada Ant Group

No fim do mês passado, a Alibaba anunciou que decidiu não integrar o processo de recompra de ações da afiliada Ant Group. Contudo, a companhia manterá sua participação acionária, totalizando posse de 33% dos ativos na Ant Group, informou em comunicado à Bolsa de Hong Kong.

O anúncio ocorreu logo após o Ant Group finalizar uma assembleia de acionistas, na qual os investidores aprovaram uma “proposta de recompra de ações de todos os seus acionistas até 7,6% de sua participação acionária”, segundo a Alibaba.

Em comunicado, a empresa aconselhou que investidores “exerçam cautela” ao gerenciar seus ativos no grupo chinês.

Histórico

No fim do mês passado, a gigante do e-commerce chinês anunciou uma mudança no corpo executivo da empresa, com remanejamento de posições entre líderes. A alteração ocorre em um momento de desaceleração da recuperação da economia na China, após a expectativa acentuada de crescimento com o fim das restrições da covid-19 no fim do ano passado.

Segundo comunicado, o líder do comércio eletrônico doméstico Taobao and Tmall, Eddie Wu, irá suceder Daniel Zhang na posição de CEO do Alibaba.

Internamente, o atual vice-presidente do conselho de administraçãoJoseph Tsai, é promovido para o lugar de Zhang, na presidência do conselho. Tsai é um cidadão canadense nascido em Taiwan que ajudou a fundar o Alibaba, no fim década de 1990. Atualmente, o conselheiro é dono do time de basquete da NBA, os Brooklyn Nets.

Zhang assumirá o cargo de CEO e presidente da unidade de computação em nuvem do comércio eletrônico, o Alibaba Cloud Intelligence Group. A unidade será dividida da e-commerce e ambiciona entrar na bolsa de valores da China dentro de um ano. Ele é CEO do Alibaba desde 2015 e sucedeu o cofundador da empresa Jack Ma como presidente em 2019.

“Esse é o momento certo para fazer uma transição, dada a importância do Alibaba Cloud Intelligence Group à medida que (a unidade) avança para uma cisão completa”, disse Zhang, no comunicado.

As mudanças entram em vigor a partir de 10 de setembro deste ano.

Fundada pelo empresário Jack Ma, a empresa pioneira em e-commerce na China foi por muito tempo uma história de sucesso em seu país. Mas, nos últimos anos, o grupo enfrentou dificuldades sem precedentes devido ao crescente controle de Pequim sobre o setor de tecnologia.

Após vários meses de turbulência, a Alibaba anunciou em março que se dividiria em seis grupos empresariais em uma das maiores reformas de uma companhia de tecnologia chinesa até o momento.

Desempenho das ações da Alibaba

Perto das 12h30, as BDRs da Alibaba (BABA34) subiam 3,75%, a R$ 17,30.

Com informações de Estadão Conteúdo e CNBC

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Giovanni Porfírio Jacomino

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