AES Tietê contrata assessores para auxiliar na fusão com Eneva

A AES Tietê (TIET11) informou nessa sexta-feira (13) que contratou assessores financeiros e legais para auxiliar na análise da oferta de fusão com a Eneva (ENEV3).

A AES Tietê considerou a proposta hostil e informou que há uma lista de documentos necessários para financiar a analise da proposta de fusão. O documento foi enviado para a empresa interessada.

“A companhia informa que enviou para a Eneva S.A. na data de ontem uma lista preliminar de documentos que entendem serem necessários, sem prejuízo de outros que vierem a ser solicitados por seus assessores, para subsidiar de forma criteriosa a avaliação da proposta hostil apresentada”, informou a geradora de energia paulista.

Nessa sexta-feira a Eneva reforçou sua intenção de levar adiante um processo de fusão com a concorrente paulista.

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A empresa carioca informou que pretende discutir a oferta  “bem como combinar os termos e a forma de disponibilização de informações de parte a parte, visando a negociação e eventual acordo” em uma reunião que ocorrerá no dia 16 ou 17 de março.

Eneva envia cartas para AES Tietê

No início da semana, Eneva enviou uma carta reforçando a proposta de fusão ao Conselho de Administração e aos membros da diretoria da companhia com a qual tem interesse em combinar os negócios.

“Nos termos da Carta, a Companhia, diante da ausência de contato por parte da AES Tietê até o momento, reafirma a disposição de sua administração, bem como de seus assessores financeiros e legais,para engajar em tratativas,e reitera o convite de reunião para apresentação e discussão da proposta de combinação de negócios entre a Companhia e a AES Tietê (‘Combinação de  Negócios’)”, informou a Eneva no documento.

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A companhia do Rio – pelo BTG Pactual (BPAC11) e pelo fundo Cambuhy Investimentos – destacou que a fusão é uma oportunidade única de geração de valor para ambas as empresas, assim como para seus acionistas, clientes e colaboradores.

Entenda a proposta de fusão

A proposta feita pela Eneva para a fusão tem um valor total de R$ 6,6 bilhões, sendo R$ 2,75 bilhões em dinheiro e o restante do montante em ações.

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Segundo a Eneva, a operação levanta a possibilidade da troca de 0,0461 ação ordinária de emissão para cada papel ordinário ou preferencial de emissão da AES Tietê, equivalente a 0,2305 por UNIT.

Além disso, haveria mais uma parcela em dinheiro de R$ 2,750 bilhões, o que representaria R$ 1,38 por ação, seja ordinária ou preferencial, e R$ 6,89 por UNIT.

Caso seja aprovada, a fusão criará a segunda maior geradora privada do Brasil, com capacidade de geração de 6,1 mil megawatts (MW) e faturamento anual de R$ 5 bilhões. O valor de mercado da Eneva, nesta segunda-feira (2), é de R$ 13,48 bilhões, enquanto o da AES Tietê é de R$ 6,07 bilhões.

Laura Moutinho

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