Grana na conta

Ações da Petrobras (PETR4) mergulham mais de 6% com ruído político

Pressionadas pelas falas do presidente da República, Jair Bolsonaro, as ações da Petrobras (PETR4; PETR3) caíram mais de 6% no pregão desta sexta-feira (19), liderando as quedas do Ibovespa hoje.

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A ação ordinária da petrolífera teve o pior desempenho do índice, de 7,54%, fechando a R$ 27,21. O papel preferencial da Petrobras chegou logo atrás, com uma perda de 6,12%, cotado a R$ 27,48.

A performance negativa dos ativos reflete as preocupações do mercado com uma interferência política na estatal após Bolsonaro reclamar em live na última quinta-feira (19) sobre o reajuste de preços anunciado pela companhia e dizer que isso teria “uma consequência, obviamente“.

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A pressão recai em grande medida sobre o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, que defende a política de Preço de Paridade Internacional (PPI). Durante discurso em evento de inauguração de um trecho do sistema de distribuição de águas do Rio São Francisco em Sertânia (PE), Bolsonaro afirmou “teremos mudanças, sim, na Petrobras”.

Pressão sobre Petrobras é negativa, dizem especialistas

Após as declarações do presidente da República, foi a vez de analistas e gestores comentarem as posições do mandatário. Em relatório, o Goldman Sachs diz que vê as falas como negativas para a empresa e que elas devem gerar ruídos nas análises de investimentos da estatal.

O banco pontua, no entanto, como positivo o corte de tributos e que, talvez, esse processo seja suficiente para evitar as interferências políticas na petroleira.

A XP, que já havia mudado sua recomendação para neutra por conta dos burburinhos políticos, viu as falas como algo que coloca ainda mais riscos na política de preços da Petrobras.

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Já a Guide Investimentos afirmou que a crise de Bolsonaro com a presidência da Petrobras é a segunda do tipo e que da primeira vez, no caso do Banco do Brasil (BBAS3), as ameaças do presidente da República não se concretizaram.

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Arthur Guimarães

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