Vale (VALE3) eleva EBITDA e revisa custos após trimestre de maior produção desde 2018

A Vale (VALE3) apresentou resultados operacionais e financeiros do terceiro trimestre de 2025 (3T25) com crescimento nos principais indicadores e reforço na disciplina de custos. O EBITDA proforma somou US$ 4,4 bilhões, avanço de 17% em relação ao trimestre anterior e de 28% na comparação anual, impulsionado por volumes maiores, eficiência operacional e melhores preços do minério de ferro, cobre e subprodutos.

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Segundo a companhia, a receita líquida totalizou US$ 10,4 bilhões, alta de 9% frente ao mesmo período de 2024. O lucro líquido proforma foi de US$ 2,7 bilhões, aumento de 78% em um ano, enquanto o fluxo de caixa livre recorrenteatingiu US$ 1,6 bilhão, sustentado pela geração operacional e menores impactos de capital de giro.

“Entregamos mais um trimestre sólido, marcado por um desempenho operacional consistente, progresso contínuo em nossa agenda estratégica e compromisso com a segurança”, afirmou Gustavo Pimenta, CEO da Vale.

Produção recorde e avanço nos segmentos da VALE3

A mineradora registrou alta de 5% nas vendas de minério de ferro, 20% no cobre e 6% no níquel, em relação ao mesmo período do ano anterior. A produção de minério de ferro atingiu o maior nível desde 2018, enquanto o cobre teve o melhor desempenho para um terceiro trimestre desde 2019, de acordo com o relatório.

preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 94,4 por tonelada, crescimento de 11% trimestre a trimestre, superando a variação dos preços de referência internacionais. O EBIT ajustado alcançou US$ 3,6 bilhões, aumento de 26% em um ano, refletindo a maior margem operacional.

A VALE3 destacou também a redução do custo all-in do minério de ferro em 4% na base anual, para US$ 52,9/t, e a manutenção do custo caixa C1 em US$ 20,7/t, em linha com o guidance para 2025. O movimento, segundo a mineradora, foi resultado da combinação entre menores custos de frete e melhores prêmios de qualidade — reforçando o foco em portfólio e eficiência.

Metais sustentam margens e revisão de guidance

No segmento de Metais para Transição Energética, que engloba cobre e níquel, o EBITDA proforma subiu 177% em um ano, totalizando US$ 687 milhões. O resultado foi favorecido por ganhos de produtividade e preços mais altos dos metais, especialmente ouro e cobre.

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O custo all-in do cobre caiu 65% na comparação anual, para US$ 994/t, e o do níquel reduziu 32%, para US$ 12.347/t. Com isso, a Vale revisou suas projeções de custo para 2025: o cobre passou para US$ 1.000 a 1.500/t, ante faixa anterior de US$ 1.500 a 2.000/t, enquanto o níquel foi ajustado para US$ 13.000 a 14.000/t, de US$ 14.000 a 15.500/t.

A companhia informou ainda que iniciou a operação do segundo forno de Onça Puma, entregue 13% abaixo do orçamento, e avançou no Programa Novo Carajás, com licenças de operação concedidas para as expansões de Serra Sul e Serra Leste.

Gestão financeira e segurança operacional

O CAPEX totalizou US$ 1,3 bilhão, leve redução em relação ao 3T24, mantendo o planejamento anual de US$ 5,4 a 5,7 bilhões. A dívida líquida expandida encerrou o trimestre em US$ 16,6 bilhões, queda de US$ 0,8 bilhão frente ao trimestre anterior, apoiada pela geração de caixa operacional e pela conclusão da joint venture Aliança Energia, que rendeu US$ 1 bilhão à Vale.

Na área de segurança, a companhia destacou a eliminação do último nível 3 de emergência em barragens, com a reclassificação da Forquilha III pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Desde 2019, 18 estruturas já foram eliminadas, representando 60% de avanço no Programa de Descaracterização de Barragens a Montante.

“Nosso portfólio flexível de minério de ferro, apoiado por uma cadeia de valor estendida, provou-se essencial para aprimorar nossa competitividade e resiliência ao longo dos ciclos de mercado”, afirmou Gustavo Pimenta, CEO da Vale, ao comentar o resultado.

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Maíra Telles

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