Ibovespa cai ao menor nível desde abril com temor de tarifas dos EUA

Com a aproximação da data para o início do tarifaço dos Estados Unidos, o Ibovespa registrou sua terceira sessão consecutiva de queda nesta segunda-feira (28), em meio à aversão a risco e à falta de perspectivas de acordo entre Brasil e EUA. O principal índice da Bolsa caiu 1,04%, encerrando o dia aos 132.129,26 pontos — o menor nível nominal desde abril — em um pregão novamente marcado por volume financeiro abaixo da média, de R$ 15,57 bilhões.

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A pressão nos mercados se intensificou após o presidente dos EUA, Donald Trump, reafirmar que o Brasil pode ser alvo de tarifas de até 50% sobre seus produtos, enquanto outros países já conseguiram acordos para aplicar alíquotas menores. O impasse comercial tem impulsionado o dólar, que fechou em alta de 0,54%, a R$ 5,5925, no maior valor desde 4 de junho.

Aversão a risco e incerteza dominam o mercado

O desempenho do mercado foi marcado por forte aversão a risco, refletida principalmente nas ações do setor financeiro. As units do BTG Pactual caíram 2,21%, enquanto os papéis preferenciais do Itaú recuaram 2,10%. A Vale também teve queda de 0,97%. Já as ações da Petrobras terminaram o dia com desempenho misto: os papéis ordinários caíram 0,06% e os preferenciais subiram 0,13%.

O cenário é agravado pela proximidade da chamada Super Quarta, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) e o Federal Reserve divulgarão suas decisões sobre taxas de juros. A combinação entre o impasse tarifário e o ambiente global de incerteza elevou a cautela dos investidores.

Na ponta negativa do Ibovespa, a maior queda foi da Vivara, com perda de 5,23%. Do lado positivo, a São Martinho liderou os ganhos, com alta de 3,56%.

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Bolsas internacionais também oscilam

Nos Estados Unidos, o dia foi de instabilidade. O Nasdaq subiu 0,33%, enquanto o S&P 500 encerrou praticamente estável, com leve alta de 0,02%. Já o Dow Jones recuou 0,14%.

Na Europa, os principais índices também fecharam sem direção única. O Stoxx 600 caiu 0,20%, pressionado por críticas ao novo acordo comercial entre EUA e União Europeia. Na França, o CAC 40 teve queda de 0,35%, enquanto o DAX, da Alemanha, recuou 0,10%. Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,18%.

Já na Ásia, o dia foi de leve recuperação. O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,41%, e o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,67%. Já o índice de Xangai teve alta mais contida, de 0,26%.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou as negociações da última sexta-feira (25) em queda de 0,21%, aos 133.524,18 pontos.

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Maíra Telles

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