Americanas (AMER3) tem desconto milionário para quitar dívidas com a União
Em meio ao processo de recuperação judicial, a Americanas (AMER3) anunciou ter firmado um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para regularizar as suas dívidas fiscais. O valor total dos débitos incluídos no acordo é de aproximadamente R$ 865 milhões.

O entendimento prevê desconto integral de juros e multas, limitado a 70% do valor consolidado da dívida. O termo de transação abrange tributos de natureza previdenciária e não previdenciária.
Após a concessão dos descontos, que somam mais de R$ 500 milhões, o saldo remanescente dos débitos será pago por meio da conversão de depósitos judiciais vinculados aos débitos transacionados e da utilização de créditos decorrentes de prejuízos fiscais, além do uso de recursos provenientes do caixa próprio da rede varejista.
“O acordo traz benefícios econômicos adicionais para a companhia, uma vez que a manutenção das discussões implicaria em esforço financeiro para oferecimento e manutenção de garantias judiciais, honorários advocatícios e outros custos e despesas processuais. Todos os efeitos do acordo estarão devidamente refletidos nas demonstrações financeiras do segundo trimestre deste ano”, destaca a Americanas (AMER3) por meio de fato relevante divulgado nesta noite de sexta-feira (13).
Americanas (AMER3): prejuízo de R$ 496 milhões no 1º trimestre
A rede varejista, que entrou em recuperação judicial depois da revelação de fraudes e inconsistências em seus balanços, em janeiro de 2023, anunciou um prejuízo de R$ 496 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), revertendo um lucro de R$ 453 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
A receita líquida total foi de 3,058 bilhões, queda de 17,4% na comparação anual, enquanto o Ebitda ajustado ficou negativo em R$ 20 milhões, ante resultado positivo de R$ 243 milhões no 1T24.
A Americanas (AMER3) disse que o resultado na comparação ano a ano é prejudicado pelo descasamento das datas da Páscoa, que foi em abril neste ano, com os números sendo aproveitados apenas no balanço do segundo trimestre, enquanto os dados de 2024 contam com as vendas da Páscoa, que foi em 31 de março.
Com Estadão Conteúdo