Braskem (BRKM5) lucra R$ 698 mi no 1T25 e reverte prejuízo bilionário

A Braskem (BRKM5) reportou lucro líquido de R$ 698 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 1,3 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior. O EBITDA recorrente somou R$ 1,3 bilhão (US$ 224 milhões), com alta de 16% em reais na comparação anual. A receita líquida atingiu R$ 19,5 bilhões, avanço de 9% sobre o 1T24. Já o custo dos produtos vendidos foi de R$ 18,2 bilhões, também com alta de 9%.

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A empresa destacou impactos positivos como o REIQ Investimentos, que adicionou R$ 37 milhões à receita líquida por meio de crédito presumido de PIS/COFINS. Em reais, os resultados também foram impulsionados pela depreciação do real médio frente ao dólar médio, que foi de 18% no período.

Segundo o BB Investimentos, o trimestre foi positivo para a Braskem, com destaque para a reversão do prejuízo e crescimento do EBITDA: “Em reais, o aumento (+9%) em relação ao 1T24 é explicado pela depreciação do real médio frente ao dólar médio, que foi de 18% no período.” O BB também observa que “a receita líquida foi impactada positivamente em aproximadamente R$ 37 milhões referente ao REIQ Investimentos, que consiste no crédito presumido de 1,5% de PIS/COFINS vinculados a investimentos de expansão de capacidade na indústria química brasileira”.

Braskem (BRKM5): mais sobre os resultados

Sobre a queda do EBITDA em dólares, o BB pontua que “é explicada pela redução de 8% no spread médio dos principais químicos no mercado internacional; e do volume de vendas de resinas e principais químicos”. Ainda assim, a empresa observa que “em relação ao cenário petroquímico internacional, os spreads de polietileno (PE) e de químicos no trimestre foram superiores quando comparados ao trimestre anterior […] principalmente em função da menor oferta no mercado norte americano e da volatilidade nos custos das matérias-primas no mercado internacional, reflexo das incertezas geopolíticas”.

Já para a XP, o resultado veio em linha com as expectativas: “EBITDA recorrente de BRL1,3 bilhão ficou em linha com nossas estimativas (+1% vs. XPe), mas apresentou uma melhoria a/a (+16% a/a) e um aumento ainda maior t/t (+137% t/t), impulsionado por maiores spreads para resinas petroquímicas e principais produtos químicos”. A XP chama atenção para a queima de caixa operacional, que foi negativa em R$ 936 milhões, pressionada pela formação de estoques e pelo pagamento de juros da dívida.

A alavancagem, no entanto, segue elevada, encerrando o trimestre em 7,92x dívida líquida/EBITDA com dívida líquida de US$ 6,6 bilhões. A XP alerta que, apesar da recuperação dos spreads e das taxas de utilização, o endividamento da Braskem (BRKM5) ainda exige atenção, principalmente diante de um cenário internacional instável.

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Maíra Telles

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