Ibovespa abre semana em queda, puxado por petróleo e expectativa sobre juros

A desvalorização do petróleo e dos índices de ações norte-americanos influencia negativamente o Ibovespa nas primeiras horas de sessão desta segunda-feira (5). Às 11h42, o Ibovespa caía 1,05%, aos 133.712,70 pontos, após uma mínima de 133.664,67 pontos. Na máxima, subiu 0,05% e marcou 135.198,13 pontos.  

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A safra semanal de divulgações de indicadores ganhará força nos próximos dias, quando sairão índices de gerente de compras (PMIs, na sigla em inglês) mundiais e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, além de decisões sobre juros no Brasil, nos Estados Unidos e na Inglaterra.

Aqui no Brasil, os resultados trimestrais do Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4) também ficam no foco. Na sexta-feira (2), o principal indicador da B3 fechou com alta de 0,05%, aos 135.133,88 pontos, e subiu 0,29% na semana.

“A semana será marcada por uma agenda carregada, com diversos balanços de empresas relevantes no índice, além da divulgação do IPCA no Brasil e da decisão de política monetária tanto no Brasil quanto nos EUA. Esses dados devem ser acompanhados de perto pelos investidores, pois serão fatores importantes para direcionar o índice nos próximos dias”, diz avalia Bruna Sene, analista de renda variável da Rico.

Ibovespa: Petrobras (PETR4) puxa queda matinal

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O petróleo tipo Brent, que é referência para a Petrobras, acumula desvalorização de 18% em 2025, e o WTI, de -19%. Além da decisão da Opep+, o recuo reflete o tarifaço do presidente americano, Donald Trump, imposto a vários países, o que pode levar a um arrefecimento da demanda global, indica Alison Correia, analista de investimentos e sócio-fundador da Dom Investimentos, em relatório.

“O preço já está caindo, tendência de baixa, expectativa de recessão e tem ainda os principais produtores anunciando que vão produzir mais. E naturalmente o preço vai cair mais. Esse é o principal ponto para o dia de hoje”, afirma Correia.

Nesta segunda-feira, o boletim Focus trouxe poucas alterações. Um dos destaques foi a mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses. A taxa passou de 4,95% para 4,97%. Ao mesmo tempo, a pesquisa indicou que o Copom vai aumentar a Selic a 15% no fim do ciclo de aperto, em junho. Mas passou a apontar para um primeiro corte de juros, de 0,25 ponto porcentual, em dezembro. Com isso, a taxa terminaria 2025 em 14,75%.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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