Radar do Mercado: Tupy (TUPY3) – Mais um ótimo resultado trimestral

A Tupy, uma das referências em fundição no cenário mundial, também divulgou ontem (07) os seus resultados do 3T18 e, de acordo com o informado pela companhia, os destaques se fizeram através do crescimento da receita, que atingiu o patamar de R$1.315,8 milhões, maior valor trimestral da história, com crescimento de 36,7% em relação ao 3T17, decorrente do aumento de volume, repasse de custos, melhor mix de produtos e depreciação cambial.

Por consequência, o EBITDA ajustado da Tupy foi de R$196,8 milhões, com margem de 15,0% e crescimento de 20,4% ante o 3T17.

Em relação a comparação anual, observa-se que o EBITDA do 3T17 foi positivamente impactado pelo recebimento de receitas não recorrentes no valor de R$11,0 milhões oriunda de serviços prestados no passado.

Excluindo este valor, o EBITDA ajustado da companhia naquele período foi de R$152,4 milhões, correspondendo a 16,0% da receita ajustada de R$951,7 milhões.

Não poderia deixar de ser mencionado, também, que no 3T18 a companhia gerou R$200,0 milhões de caixa oriundos das atividades operacionais, ante geração de R$96,3 milhões no 3T17.

INVISTA NA PRATICA

O forte crescimento em relação ao 3T17 deve-se, principalmente, ao aumento da receita e à melhoria do capital de giro.

Em relação às atividades de investimentos, foram consumidos R$45,7 milhões no 3T18, um aumento de 52,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No que tange às atividades de financiamentos, durante o 3T18, verificou-se consumo de R$41,8 milhões e redução de 70,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, decorrente da diminuição de pagamentos de empréstimos e financiamentos (R$4,3 milhões no 3T18 vs R$86,2 milhões no 3T17).

A combinação desses fatores e da variação cambial sobre o caixa resultou no acréscimo da disponibilidade de caixa no montante de R$128,5 milhões no período, de forma que a companhia encerrou o 3T18 com saldo de R$742,6 milhões.

Por fim, a companhia encerrou o 3T18 com endividamento líquido de R$ R$781,8 milhões, ou seja, a relação entre dívida líquida e EBITDA Ajustado nos últimos 12 meses correspondeu a 1,19, patamar esse que avaliamos estar dentro daquilo que considerável ser saudável para qualquer companhia.

As obrigações em moeda estrangeira representam 92% do total (sendo 1% do curto prazo e 99% do longo prazo), enquanto 8% do endividamento estão denominados em BRL (88% do curto prazo e 12% do longo prazo). Quanto ao saldo de caixa, 53% são denominados em reais e 47% em moeda estrangeira.

Ainda em relação ao 3T18, foi comunicado também na data de ontem que serão pagos, a partir de 26 de novembro, JCP e dividendos no montante de R$ 50.000.000,00, correspondente a R$ 0,34687152 por ação (excluídas as ações mantidas em tesouraria), conforme deliberado na Reunião do Conselho de Administração realizada no último dia 07 de novembro.

Isto posto, a cada ação corresponderá JCP no valor de R$0,19686043. O pagamento será realizado com retenção de 15% de imposto de renda na fonte, resultando em juros líquidos de R$ 0,16733136 por ação, com exceção dos acionistas comprovadamente isentos ou imunes, na forma da legislação aplicável, que farão jus ao citado valor bruto de R$ 0,19686043 por ação. Do mesmo modo, serão pagos dividendos no montante de R$ 0,15001109 por ação.

No mais, a Tupy é uma empresa que atua na produção de componentes desenvolvidos sob encomenda para o setor automotivo, como blocos e cabeçotes de motor, além de peças para sistemas de freio, transmissão, direção, eixo e suspensão, além de também atuar na produção de ferro maleável, granalhas de aço, dentre outros perfis contínuos de ferro e produtos que atendem inúmeros setores da indústria.

A companhia é, também, referência mundial em fundição e que possui um bom histórico de gestão e rentabilidade em seus dados operacionais.

Avaliamos, também, que a companhia representa uma boa oportunidade para investidores que desejam obter ganhos com dividendos, já que é uma forte geradora de caixa, além de possibilitar aos investidores ganhos de capital no longo prazo, visto que a empresa deverá dar continuidade ao seu crescimento, aumentando seus volumes de exportação e se beneficiando da recuperação industrial também do mercado interno.

ACESSO RÁPIDO
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    Tiago Reis
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