Radar do Mercado: Petrobras (PETR4) – Segundo a estatal, incêndio não causará impactos financeiros relevantes

A Petrobras comunicou ontem (23) ao mercado que o incêndio, ocorrido na última segunda-feira (20), atingiu parte de duas unidades da Refinaria de Paulínia (Replan), no Estado de São Paulo, a U-200 (Destilação atmosférica) e a U-220A (Craqueamento catalítico).

Segundo a companhia, as demais unidades operacionais não foram afetadas, porém, de forma preventiva, suas atividades foram paralisadas, sendo que a Petrobras já iniciou o processo de retomada destas unidades, estimando o início do processo produtivo para os próximos dias.

“Fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado”, complementou a companhia em relação ao ocorrido.

 

Em relação a tal incêndio, vale destacar que não houve feridos, e que a entrega de produtos às distribuidoras foi reiniciada já no dia seguinte ao acidente, ou seja, na terça-feira (21), isto por que a Petrobras conta com estoques da própria refinaria e com a produção das demais para garantir a oferta de combustíveis aos seus clientes.

Adicionalmente, a capacidade total da refinaria é de 415 mil barris por dia e ainda não é possível prever o retorno à operação das unidades afetadas.

A companhia informou também que não estima impactos financeiros relevantes, mesmo com os remanejamentos da produção de outras refinarias, reforma das unidades atingidas e eventual importação de derivados, se necessária, e que foi criada uma comissão interna que está investigando as possíveis causas do acidente.

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Também no dia de ontem, a Petrobras informou ao mercado e a seus acionistas que realizou o pagamento de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), e que o valor distribuído se fez no montante de R$ 652,2 milhões, correspondente a um valor bruto de R$ 0,05 por ação ordinária ou preferencial, com base na posição acionária do último dia 13 de agosto.

Por fim, a companhia informou, também, que a partir do próximo dia 30 de agosto, o Banco Bradesco passará a prestar serviços de escrituração de ações de emissão da companhia e o atendimento aos titulares das ações será realizado pela rede de agências do Bradesco, presente em todo o território nacional.

Segundo a estatal, em virtude do término do contrato com o Banco do Brasil, em 29 de agosto, foi realizado um processo licitatório para seleção de nova instituição, tendo saído vencedor o Banco Bradesco.

No entanto, os acionistas com ações em custódia na B3 continuarão a ser atendidos normalmente pelas suas respectivas corretoras de títulos e valores mobiliários e/ou agentes de custódia, não havendo interrupção da negociação das ações da companhia.

Dessa maneira, segue tudo como está em relação às ações da companhia.

Contudo, devido ao processo de migração na prestação de serviços, a partir do próximo dia 27 de agosto, os seguintes procedimentos de atendimento aos acionistas pelo BB ficarão suspensos:

– Consultas de posição acionária;

– Transferência de ações fora do ambiente de bolsa de valores;

– Transferência de custódia de ações;

– Pagamentos de eventuais proventos pendentes;

– Atualização cadastral e registro de gravames;

– Entre outros;

“A presente mudança não implica em qualquer alteração de direitos conferidos às ações, inclusive dividendos e juros sobre capital próprio, cujos pagamentos serão realizados nas referidas contas correntes previamente indicadas por cada acionista”, ressaltou a Petrobras em seu comunicado.

Em nossa visão, nada muda em relação à companhia e, dessa maneira, seguimos com nosso posicionamento e opinião de que “estatais, só de graça”.

Não é o caso da Petrobras nesse momento e, por conta disso, seguimos de fora da companhia por tempo indeterminado.

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    Tiago Reis
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