Yapoli, startup de gestão de ativos digitais, mira expansão pela América Latina

Quando se trata de trabalhar com a nuvem, há tipos variados de serviços, demandas e práticas. Mas pouco se fala sobre a organização digital necessária para uma corporação de larga escala funcionar. Esse é o papel da Yapoli, startup de SaaS (software as a service), que cuida de todo o acervo digital de seus clientes.

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A plataforma de DAM (Digital Asset Management) da Yapoli nada mais é do que uma plataforma de gestão de todos os ativos digitais — ou seja, documentos, imagens, contratos, áudios, vídeos, tudo que pode ser armazenado digitalmente que seja de importância para uma empresa.

Como gestora de informação, a plataforma centraliza todos os materiais, de acordo com a cadência de governança, de acesso, de permissão de uso, vigência, versões corretas, entre outros pontos. Um dos principais objetivos é diminuir riscos passivos e jurídicos, conforme a lei (entre elas a LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) e regras corporativas.

“É o nosso papel lidar com milhões de documentos e conseguir criar uma estrutura, uma metodologia, para que cada área de negócio dentro de uma grande corporação, independente do segmento, possa ter suas realidade e suas próprias gestões ali dentro”, afirma o CEO e fundador da Yapoli, Adalberto Generoso.

De acordo com Adalberto, a plataforma está no centro do ecossistema do cliente. Na visão deles, a startup não é um “faz tudo”, mas uma esteira que leva de uma ponta a outra, de quem produz para quem consome conteúdo digital. O sistema precisa ser flexível, integrável, configurável, modulável, para atender diversos mercados.

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Além disso, fica mais fácil ter segurança se o conteúdo presente no mundo físico está correto. Um exemplo prático: supondo que um cliente faça uma propaganda com uma celebridade e se torne uma propaganda em um ponto de ônibus. Essa imagem e a vigência de contrato são organizadas apropriadamente pela Yapoli.

“Nossos principais clientes chegaram ao consenso de que nós [a plataforma] conseguimos economizar aproximadamente R$ 1,5 milhão em termos de otimização de processo, otimização de tempo útil, veiculação apropriada, direito de uso de imagem”, disse o CEO.

Grandes clientes, grandes responsabilidades

Para fazer a tecnologia trabalhar em função do negócio, e não o contrário, a Yapoli decidiu focar em capturar grandes players do mercado. Um ano após a fundação da empresa, Portobello (PTBL3) e Havaianas se tornaram clientes.

“O que permitiu a empresa ver se o produto funcionava para grandes corporações, assim como se funcionava para segmentos diferentes”, diz Adalberto, sobre o aumento do portfólio de clientes.

Já em 2021, com uma projeção maior, companhias como a Unidas (LCAM3), C&A (CEAB3) e Whirlpool passaram a utilizar a gestão de ativos digitais, de forma que a teoria de que qualquer empresa, de qualquer segmento, poderia se adaptar ao produto da Yapoli se concretizou.

Agora, os próximos passos da Yapoli são consolidação e internacionalização.

Internacionalização da Yapoli

Para alcançar uma escala global, “a entrada da Havaianas foi extremamente estratégica nesse ponto, porque nós precisávamos de uma ponte que bancasse a gente no mercado internacional”.

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Ao atender todas as filiais internacionais da empresa, a Yapoli começou a mapear três mercados principais: América Latina, Europa e América do Norte. O principal esforço, no momento, é estudar a penetração da companhia nos países vizinhos ao Brasil, por haver uma familiaridade cultural e aproximação linguística.

Mas, antes disso acontecer, o plano é buscar a consolidação no Brasil. “Entre 2024 e 2025, a nossa intenção é ser a maior e a mais consolidada plataforma de gestão de ativos digitais do Brasil e ser a plataforma referência na América Latina”, projeta o CEO.

“Antes de ir para Europa e para os Estados Unidos, o que talvez possa acontecer simplesmente por reflexo, é entender que vamos dominar o mercado latino-americano. Essa é a nossa primeira grande consolidação”, continuou.

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Além disso, ele explica que observar os times internacionais de seus clientes já é uma lição de casa, pois o posicionamento, discurso e leitura das pessoas é muito pragmática da sua região nativa.

História

Fundada em 2018, a Yapoli nasceu da necessidade de duas grandes corporações em precisar fazer gestão de materiais digitais. Adalberto Generoso era ainda sócio de uma agência de publicidade e via esse tipo de pedido com frequência, então começou a prestar atenção na nova demanda.

Após investimentos-anjo na startup, houve uma abertura para o mercado no segundo semestre de 2021. Em dezembro, a empresa foi selecionada pela aceleradora Darwin Startups, com parceria da Via (VIIA3) e Hering (HGTX3), para receber aporte.

O próximo passo para a Yapoli é abrir 10% do negócio para o mercado, cuja rodada atual vai até março deste ano. A ideia é ganhar robustez suficiente para realizar um scale-up com uma Series A entre 2023 e 2024, abrindo para fundos internacionais e aumentando o valuation.

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Victória Anhesini

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