Fundos imobiliários para junho: veja as 16 opções recomendadas pela XP
Para o mês de junho, a XP Investimentos divulgou sua carteira atualizada de fundos imobiliários recomendados, com a proposta de superar o desempenho do IFIX, o principal índice de referência para FIIs listados na bolsa brasileira.

A composição da carteira envolve 16 fundos imobiliários escolhidos pelos analistas do time de Research da XP. O foco estratégico está em ativos considerados defensivos, o que, segundo a instituição, favorece a identificação de oportunidades com boas assimetrias de mercado.
O portfólio apresenta uma distribuição segmentada, com a maior parte da alocação voltada para fundos de recebíveis, que representam 46% da carteira. Em seguida aparecem os setores de logística (18,5%), shoppings (11,5%), lajes corporativas (9,0%), híbridos (9,0%) e fundos de fundos (6,0%).
Entre as mudanças implementadas para o novo mês, a XP decidiu por duas movimentações principais. Assim, foi reduzida a exposição ao fundo de shoppings XPML11 e ao fundo de lajes corporativas PVBI11, ambos com corte de 1 ponto percentual.
Em contrapartida, foi incluído o fundo de recebíveis VGIR11, com um peso de 2%. A justificativa está em reforçar a presença de ativos com bom carrego e que se beneficiem do cenário prolongado de juros elevados.
O desempenho da carteira em maio ficou em 1,01%, ligeiramente abaixo do IFIX, que apresentou valorização de 1,44% no mesmo período.
O dividend yield mensal médio da carteira ficou em 0,94%, o que equivale a 11,3% em base anualizada. No acumulado de 2025, até o momento, a carteira da XP soma alta de 11,4%, superando o IFIX por 0,3 ponto percentual.
Veja os fundos imobiliários recomendados pela XP para o mês de junho:
Ticker | Segmento | Peso | DY |
MCCI11 | Recebíveis | 9,00% | 12,60% |
RBRR11 | Recebíveis | 10,00% | 13,60% |
KNCR11 | Recebíveis | 7,50% | 13,30% |
XPCI11 | Recebíveis | 8,00% | 13,50% |
CVBI11 | Recebíveis | 4,00% | 14,50% |
KNSC11 | Recebíveis | 5,50% | 14,70% |
VGIR11 | Recebíveis | 2,00% | 15,10% |
CPTS11 | Híbrido | 9,00% | 13,80% |
BTLG11 | Ativos logísticos | 7,00% | 9,30% |
LVBI11 | Ativos logísticos | 3,00% | 8,90% |
BRCO11 | Ativos logísticos | 4,00% | 9,60% |
XPLG11 | Ativos logísticos | 4,50% | 9,70% |
PVBI11 | Lajes corporativas | 6,00% | 7,50% |
TEPP11 | Lajes corporativas | 3,00% | 13,60% |
XPML11 | Shoppings | 11,50% | 10,60% |
RBRF11 | Fundo de Fundos | 6,00% | 10,20% |
Fundos imobiliários: o que chamou a atenção no VGIR11?
O VGIR11 teve sua inclusão fundamentada em diversas características que, na visão dos analistas, oferecem valor em um cenário de juros elevados. Entre os fatores que sustentam a recomendação estão uma carteira com operações de risco de crédito considerado moderado, garantias sólidas, 100% da exposição indexada ao CDI e uma relação entre valor de mercado e valor patrimonial de 0,98 vez.
Além disso, a expectativa de retorno implícito do VGIR11 é de CDI + 5,2% ao ano, além de oferecer alta liquidez no mercado secundário.
Atualmente, o VGIR11 possui alocação superior a 100% do patrimônio líquido (105,8%), devido a alavancagem via operações compromissadas lastreadas em CRIs.
O VGIR11, inserido na carteira de fundos imobiliários, detém 61 CRIs, todos indexados ao CDI, com uma taxa média ponderada de CDI + 4,22% ao ano e duration de 1,9 ano. Em termos de risco, 6,4% da carteira tem rating A da S&P em escala local (referentes ao CRI da Tecnisa, única operação sem garantia real). Os demais 93,6% não possuem rating, mas contam com garantias robustas.