Fiagro: XP Asset foca no agronegócio; veja as vantagens desses ativos

Atenta ao grande potencial do Fiagro, a XP Asset, maior gestora independente do Brasil, com R$ 138 bilhões de ativos sob gestão, montou uma equipe especializada em agronegócios capitaneada pelo gestor André Masetti, para desenvolver a gestão de Fiagros, iniciando com o XPCA11, que possui patrimônio de R$ 134 milhões, e o recém-lançado XPAG11 com patrimônio de R$ 240 milhões.

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A XP Asset está participando da Semana do Fiagro aqui no Suno Notícias. Você pode acompanhar tudo sobre a Semana do Fiagro neste link.

A diferença entre eles é que o XPCA11 é listado na B3, enquanto o XPAG11  é negociado via mercado de balcão organizado CETIP, produto exclusivo da XP. Segundo Gustavo Almeida, head de Originação do Fiagro na XP Asset, foi identificado que um perfil de cliente gostaria de investir no agro, mas não queria ter a volatilidade da cota, o que ocorre naturalmente em um produto listado.

“Percebemos que existia uma demanda reprimida para um perfil de investidor que quer ter o rendimento isento mensal, mas não quer volatilidade na cota, o que ficou comprovado com o lançamento do XPAG11 que exerceu o lote adicional de 20% da oferta”, afirma. A XP disponibiliza um mercado de balcão que tem cada vez mais liquidez no caso do investidor que quiser negociar as suas cotas.

A estratégia na gestão dos Fiagros da XP Asset está na diversificação de ativos, ganhos de capital nas vendas dos CRAs no mercado secundário e originação própria. Segundo Almeida, a diversificação se dá tanto do ponto de vista geográfico como de setor.

Gustavo Almeida, da XP Asset, fala sobre Fiagro
Gustavo Almeida, da XP Asset, fala sobre Fiagro. Foto Divulgação XP

“Pelas oportunidades e o tamanho do agro no Brasil, na nossa visão não faz sentido concentrarmos em um ou outro setor por conta de eventuais impactos climáticos, políticos ou de mercado mesmo. No final do dia fazemos uma proteção da nossa carteira focando em gestão de risco”.

Sobre a estratégia de ganho de capital, a XP Asset conta com especialistas que negociam papéis que até então fazem parte do portfólio com o intuito de girar a carteira, arbitrando curvas de juros e spreads de crédito, também possibilitando incorporar novas operações ao portfólio que consideram mais interessantes na relação risco/retorno.

“Fizemos uma boa gestão da carteira trazendo ganhos adicionais ao investidor, trocando papéis que tinham prazo de pagamento mais dilatados e priorizando operações em CDI, dado o aumento da Selic e spreads mais interessantes na visão da gestão, o que consideramos que vai gerar bons retornos ao cotista”, ressalta Almeida.

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E no caso da originação a estratégia do time da XP Asset, segundo Almeida, é criar o relacionamento com a contraparte devedora da operação desde o início, que possibilitará termos todo o histórico da negociação além de possibilitar a maximização do spread eliminando intermediários que tendem a cobrar altas taxas de estruturação.

Antes considerado um setor pouco atendido pelo mercado financeiro, o agronegócio ganhou importantes agentes nos últimos anos e a criação do Fiagro tende a democratizar ainda mais as oportunidades de investimento.

Porém Gustavo alerta sobre a importância de análise por parte do investidor antes de decidir sobre onde alocar seus recursos. “Na XP Asset, desde o início priorizamos a transparência com nossos investidores. Eles sabem exatamente onde estamos alocando os recursos através dos nossos relatórios mensais. Gosto de falar que, pelo fato do Fiagro ser uma indústria nova todos estão em uma curva de aprendizado, seja o investidor, os devedores, e mesmo as gestoras. Então mês após mês, nós sempre tentamos aperfeiçoar os nossos relatórios para trazer credibilidade junto aos cotistas”.

Fiagro. Foto: Pixabay
Fiagro: “Quando comparamos o agro com outros setores percebemos uma maior resiliência em momentos de volatilidade da economia nacional e isso é fruto em grande parte do perfil exportador que o Brasil adquiriu”, menciona Gustavo Almeida, head de Originação do FIAGRO na XP Asset. Foto: Pixabay

O Fiagro, Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais, foi criado em 2021 como uma nova alternativa de investimento num setor que ganha cada vez mais representatividade na economia nacional. Dados da Cepea – USP indicam que o setor representou 27,4% do PIB do Brasil em 2021, ante uma média próxima a 20% nos últimos 7 anos.

“Quando comparamos o agro com outros setores, percebemos uma maior resiliência em momentos de volatilidade da economia nacional e isso é fruto em grande parte do perfil exportador que o Brasil adquiriu nos últimos anos em importantes culturas como soja, milho, açúcar, café entre tantos outros”, afirma.

“E isso é fruto das evoluções tecnológicas que permitiram expandir as fronteiras agrícolas e aumentar a produtividade, além da própria diversificação de culturas. O Brasil, por ser um país vertical, tem diferentes climas que possibilitam produzirmos diferentes produtos e sermos competitivos no comércio internacional”, reitera.

Dos 3 tipos de Fiagro existentes – FIP, FIDC e FII – o último é o que tem ganhado maior relevância, tanto em número de fundos lançados quanto em volume de patrimônio líquido, por ser voltado para investidores em geral, enquanto os 2 primeiros são para investidores qualificados ou profissionais.

Além disso, o Fiagro–FII permite fazer operações de crédito por meio dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e não necessariamente só adquirir terras. Desta forma, se tornam mais atrativos em momento em que a taxa de juros está mais elevada. Quando comparado aos Fundos Imobiliários, é como se fossem os fundos de papéis.

Além de ser uma alternativa interessante de investimento, o Fiagro viabiliza uma nova fonte de captação de recursos para toda a cadeia do agro, desde o produtor rural até a agroindústria, competindo com as linhas tradicionais de bancos de varejo.

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Suno

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