Weg (WEGE3) será impactada por tarifas dos EUA?

Na última quinta-feira (30), o governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de uma tarifa de 25% sobre produtos importados do México e Canadá, com algumas exceções, como petróleo e energia, que serão tributados a 10%. Em relatório, o Itaú BBA esclarece os impactos desse movimento para a Weg (WEGE3).

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Os analistas explicam que, com 25% de sua receita líquida consolidada proveniente do mercado norte-americano, a Weg está diretamente exposta ao impacto das novas tarifas, especialmente em produtos como transformadores e motores de ciclo curto. Contudo, diz a casa, a empresa está estrategicamente posicionada para minimizar esses efeitos.

Dos produtos vendidos pela Weg nos EUA, um terço é fabricado localmente, um terço é fabricado no México e o outro terço é fabricado em outras regiões. Isso significa, portanto, que cerca de 8% da receita líquida da companhia estará sujeita ao novo ambiente tarifário.

Conforme explicam os analistas do BBA, a WEGE3 conta com diversas alavancas operacionais para compensar os custos adicionais das tarifas:

  • Flexibilidade de produção: A empresa pode redistribuir a fabricação para instalações em regiões menos afetadas pelas tarifas. Essa estratégia já se mostrou eficaz durante a pandemia de COVID-19.
  • Integração vertical: A capacidade de controlar diferentes etapas da cadeia de produção permite ajustes rápidos para enfrentar mudanças no cenário regulatório.
  • Capacidade ociosa: As instalações adquiridas da Regal Rexnord nos EUA, com 50% de capacidade ociosa, oferecem espaço para aumento da produção local e redução da exposição às tarifas.
  • Ajustes de preços: Revisões nos preços dos produtos podem atuar como amortecedor parcial para os impactos das tarifas.

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Assim, a casa afirma que embora o impacto financeiro esperado seja limitado, a Weg pode enfrentar volatilidade no curto prazo devido à percepção de risco do mercado. A incerteza macroeconômica relacionada às mudanças nas políticas comerciais também pode contribuir para pressões sobre o preço das ações no curto prazo, diz o relatório.

Ainda assim, segundo o BBA, a combinação da diversificação geográfica, flexibilidade operacional e integração vertical da Weg posiciona a empresa como uma das mais preparadas para enfrentar este novo desafio.

Assim, a casa mantém recomendação outperform (compra) para as ações da Weg, com preço-alvo de R$ 67.

Por volta das 16h10 desta segunda-feira (03), a Weg opera em queda de 2,42% no Ibovespa, com as ações cotadas a R$ 53,71.

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Guilherme Serrano

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