Volta da CPMF não está descartada, diz líder do governo no Senado

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou, nesta quarta-feira (18), que a volta de um imposto semelhante à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não está descartada.

Segundo Coelho, a nova CPMF não deverá ser incluída na reforma tributária em 2020. No entanto, o senador salientou que, caso o imposto não esteja na reforma, outro tributo deverá ser apresentado como forma de compensar a desoneração da folha de salários.

“Vai voltar a discussão sobre o imposto de transações? Acho que no primeiro momento, não. Todo mundo está desafiando a encontrar uma transição sem esse imposto”, afirmou o líder do governo no Senado.

Além disso, Coelho disse que garante que o Brasil terá um novo sistema tributário até o final do próximo ano. O senador informou que o governo enviará sugestões para o Congresso no início de fevereiro de 2020.

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Segundo o parlamentar, a reforma no sistema tributário deve impulsionar o crescimento da economia brasileira no próximo ano.

Efeitos da CPMF para o mercado de capitais

O presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), Gilson Finkelsztain, afirmou, na última terça-feira (17), que a volta da CPMF pode ser prejudicial ao mercado de capitais.

A declaração do presidente da B3 ocorreu um dia após o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, afirmar que o Ministério da Economia estuda um novo imposto semelhante ao antigo tributo.

Saiba mais: CPMF pode prejudicar mercado de capitais, diz presidente da B3

Além disso, o presidente Jair Bolsonaro, quando questionado sobre a possibilidade da volta do imposto, declarou que todas as alternativas estão na mesa. “Nós não queremos criar nenhum novo tributo. A não ser que seja para extinguir outros e, assim mesmo, colocado junto à sociedade, para ver qual a reação da sociedade, a gente vai levar adiante essa proposta ou não”, disse o mandatário.

“É um imposto em cascata, acaba sendo um imposto que onera investidor. Nos preocupamos que essa agenda prejudique o desenvolvimento de mercado”, afirmou Finkelsztain sobre a CPMF.

Giovanna Oliveira

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