Vibra (VBBR3): XP recomenda compra: “Hora de brilhar” da empresa

Em relatório sobre o setor de combustíveis, analistas da XP iniciaram a cobertura das ações da Vibra (VBBR3), já sinalizando otimismo com a empresa.

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A recomendação para as ações da Vibra é de compra, com preço-alvo de R$ 32,70 – ao passo que os papéis VBBR3 são negociados a cerca de R$ 24 atualmente.

“Após retornos estelares em 2023 – especialmente para a Ultrapar (UGPA3) -, acreditamos que chegou a hora de a Vibra brilhar, embora existam alguns riscos no horizonte. Vemos a Vibra como uma ação barata e a melhor para se posicionar em relação aos potenciais ventos favoráveis do setor de distribuição de combustíveis”, observa a XP.

A XP destaca que prefere a Vibra à Ultrapar (UGPA3) principalmente por motivos de valuation, além de questões como a exposição da companhia ao negócio de distribuição de combustíveis e infraestrutura com maior capilaridade.

Cotação VBBR3

Gráfico gerado em: 31/01/2024
1 Ano

Petrobras e Vibra podem ser prejudicadas com fim de acordo, diz Goldman

Em relatório divulgado na quarta-feira (10), o Goldman Sachs (GSGI34) avaliou que a não renovação de licença de marcas por parte da Petrobras (PETR4) para a Vibra Energia é ligeiramente negativa para a estatal. Para a distribuidora, também pode ser ruim no longo prazo, diz o banco.

No texto, os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins pontuaram que para a Petrobras, o fim do acordo “pode representar a disposição da empresa em retornar ao negócio de distribuição de combustíveis nos próximos anos, o que poderia exigir alocação adicional de capital e reduzir a disponibilidade de fluxo de caixa livre para pagar dividendos aos acionistas no curto prazo“.

Já para a Vibra, o Goldman acredita que a decisão pode ser negativa no longo prazo, mas que não deve impactar as operações pelo menos até 2029. “Na verdade, acreditamos que o reconhecimento da marca é um aspecto comercial fundamental do setor de distribuição de combustíveis e também pode influenciar a dinâmica da quota de mercado”.

O banco observa, também, que a eventual entrada de um novo concorrente (Petrobras) poderia levar a concorrência adicional para as distribuidoras Vibra, Raízen, da Cosan (CSAN3) e Ipiranga, da Ultrapar (UGPA3).

O Goldman tem recomendação de ‘compra’ tanto para as ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) de Petrobras – com preço-alvo a R$ 41 e R$ 45,10, respectivamente – quanto para as ações ordinárias de Vibra, com preço-alvo a R$ 26,80.

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Relembre o caso

Na última terça-feira (9), a Petrobras informou que notificou a Vibra Energia que não tem interesse em prorrogar o prazo de vigência nos termos do atual contrato de licença de uso de marcas da companhia.

O acordo teve início em 28 de junho de 2019 e se encerrará em 28 de junho de 2029. O referido contrato seguirá vigente, sujeito aos termos e condições contratuais, informou a Petrobras.

“A não renovação da licença permitirá a eventual avaliação de novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios para a Petrobras. Qualquer decisão observará a governança da companhia”, diz a estatal.

Também em comunicado, a Vibra Energia, que tem origem na privatização da BR Distribuidora, afirmou que o comunicado da Petrobras “não gera qualquer mudança na estratégia da companhia em relação aos seus revendedores e clientes em geral”. Disse, ainda, que a “possibilidade da não renovação do contrato após 2029 já fazia parte dos planos de médio e longo prazo da empresa”.

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Eduardo Vargas

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