Vibra Energia (VBBR3) recebe grau de investimento pela S&P; ações sobem
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A agência de classificação de risco S&P Global Ratings elevou a nota de crédito da Vibra Energia (VBBR3) para grau de investimento nesta quarta-feira (24). A companhia recebeu rating BBB-, com perspectiva estável. Em meio à repercussão da notícia, os papéis da empresa avançavam 1,20% por volta das 11h50, cotados a R$ 24,36.

Essa é a primeira vez que a Vibra é avaliada pela S&P e recebe a perspectiva de crédito considerada estável.
A nota de crédito mede a capacidade de pagamento e a solidez financeira de uma empresa. Neste caso, o grau de investimento indica maior confiança dos investidores e pode contribuir para a redução do custo de captação no mercado.
De acordo com a S&P, a avaliação acima da nota soberana brasileira (BB) reflete a posição de liderança da Vibra no setor de distribuição de combustíveis, bem como a disciplina da empresa na gestão de capital. A classificação também leva em conta a liquidez considerada adequada pela agência e a solidez do relacionamento da companhia com instituições financeiras nacionais e internacionais.
Por que a S&P elevou o rating da Vibra (VBBR3)?
Em relatório, a S&P destacou a relevância da Vibra Energia no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis, no qual atua com cerca de 8 mil postos de serviço e mais de 1.400 lojas de conveniência. “A companhia é a maior player no mercado brasileiro, com posição de liderança na maioria dos segmentos em que atua”, pontua o relatório da agência.
Em nota, a S&P também ressaltou os ganhos de competitividade no setor diante de avanços regulatórios.
“Progressos na tributação, com o imposto monofásico recentemente aprovado sobre o etanol, e maior fiscalização de órgãos governamentais têm levado a um cenário de concorrência mais justa. Isso está beneficiando empresas como a Vibra, com volumes, participação de mercado e margens em melhora”, diz o texto.
Além da distribuição de combustíveis, responsável por 95% da receita, a Vibra tem ampliado a presença no setor de energia renovável por meio da Comerc Energia, agora controlada integralmente. A subsidiária deve representar aproximadamente 15% do EBITDA consolidado em 2025, segundo projeções da agência.
Em comunicado divulgado à imprensa, a Vibra (VBBR3) destacou que a avaliação da S&P reforça a solidez da operação da empresa. “Esta avaliação da S&P é mais um reconhecimento de que o dinamismo e a resiliência da nossa operação estão respondendo bem aos desafios do setor”, disse Augusto Ribeiro Júnior, vice-presidente executivo de Finanças Corporativas, Estratégia e RI da Vibra.