Aço plano: vendas somam 329,9 mil toneladas em janeiro; alta anual é de 6%

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) informou que as vendas de aços planos somaram 329,9 mil toneladas em janeiro de 2024, o que representa uma alta de 6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O volume é 25,1% superior ante dezembro na comparação mensal. A entidade projeta o indicador alcançando 320 mil toneladas em fevereiro.

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Segundo o Inda, o volume de aço importado em janeiro foi de 131,8 mil toneladas, valor 25,6% menor ante um ano. Na comparação com dezembro, o indicador também mostra recuo de 52,4%.

A redução mais significativa nas importações foi de chapas grossas, com queda de 87,8% no indicador de janeiro na comparação com o mesmo mês de 2022.

As importações de laminados a quente, por sua vez, aumentaram 98% em janeiro ante o mesmo mês do ano anterior, para 17,1 mil toneladas. Na comparação mensal, contudo, há queda de 75,1%.

Já as compras externas de laminados a frio avançaram 28,4% no mesmo intervalo, para 27 mil toneladas. No intervalo mensal há recuo de 51,5%. A principal origem das importações permanece sendo a China, com 70,9% de participação no total do indicador.

Com relação às compras realizadas pelo setor de distribuição, em janeiro foram adquiridas 344,8 mil toneladas de aço, o valor é 7,8% maior na comparação com o mesmo período do ano anterior, além de um avanço de 25,9% ante dezembro. O avanço mensal nas compras superou a previsão feita pelo Inda na divulgação anterior, em 20%.

As compras de laminados a quente por parte dos distribuidores somaram 192,8 mil toneladas em janeiro, o que representa um aumento de 8,2% na comparação anual e um avanço de 11,2% no intervalo mensal. As comercializações de laminados a frio, por sua vez, totalizaram 43,6 mil toneladas, aumento de 6,5% ante um ano e 16,2% ante dezembro.

“Provavelmente os associados compraram mais por conta dos anúncios de aumento de preços para fevereiro por parte das siderúrgicas, como uma forma de se antecipar aos valores mais caros”, afirmou o presidente do Inda, Carlos Jorge Loureiro.

Gerdau (GGBR4) entrará com medidas de defesa contra asiáticas em meio à “guerra do aço”

Gerdau (GGBR4) vai entrar com pedidos de defesa antidumping contra empresas chinesas e de outros países asiáticos nos próximos meses tanto para aços longos quanto planos, informou o diretor-presidente da siderúrgica, Gustavo Werneck, nesta quarta-feira (21) durante divulgação dos resultados do quarto trimestre da companhia. O pedido será feito ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (MDIC).

De acordo com Werneck, a empresa esperava uma decisão do governo sobre aumento da alíquota de importação para produtos siderúrgicos até fevereiro. No entanto, a expectativa foi frustrada em meio, aos esforços intensos do Instituto Aço Brasil – entidade que representa as siderúrgicas – para sensibilizar o governo em relação ao pleito das empresas.

Werneck comentou que a decisão da Gerdau “já está tomada” em relação ao próximo movimento da companhia para a adoção de pedidos de defesa antidumping, mas, por uma razão estratégica, não detalhou quais produtos seriam alvos dos pedidos.

O executivo relembrou ainda que em 2022 a siderúrgica já havia feito um pedido semelhante para o aço laminado a quente, mas não foi atendido pelo governo.

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Sobre o pleito feito em 2022, Werneck disse ter recebido uma resposta do Getip (Grupo Técnico de Interesse Público), órgão do MDIC, que reconheceu que a Gerdau sofreu danos em seus resultados por conta de uma concorrência desleal, mas que não poderia atender ao pleito da empresa por conta de um “risco inflacionário” e prejuízos em outros setores da economia. “É um negócio que só vemos no Brasil”, acrescentou.

“Estamos fazendo essas formalidades, mas estamos descrentes de que isso (uma aprovação) pode acontecer”, afirmou Werneck, acrescentando que uma tomada de decisão específica sobre o pleito demora em média 18 meses, o que seria um tempo muito longo para a urgência exigida atualmente pelo cenário enfrentado pela siderúrgica no Brasil.

“Pedimos que o governo coloque medidas de curtíssimo prazo como a elevação das tarifas para 25%. Quem sabe até a implementação de cotas, como aconteceu na Seção 232 nos Estados Unidos”, afirmou Werneck.

O vice-presidente executivo de Finanças e diretor de Relações com Investidores da GerdauRafael Japur, afirmou que a empresa também avalia entrar com outras ações em conjunto com outras companhias do setor de aço. “Estamos avaliando entrar com outras empresas com medidas de defesa contra a concorrência, mas não podemos detalhar quais são as linhas ou produtos. Estamos verificando taticamente a melhor decisão, tomando todas as precauções jurídicas e de governança”, afirmou.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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