Vamos (VAMO3) dispara com relatório do BTG projetando alta de 30%

As ações da Vamos (VAMO3) operam em forte alta no pregão desta quinta-feira (1). No início das negociações, os papéis chegaram a beirar os R$ 60, subindo 6%, enquanto o Ibovespa recuava 0,7%. Os investidores compraram a tese do BTG Pactual (BPAC11) de alto crescimento à frente.

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Em relatório, o banco de investimento disse que atualizou suas projeções para a Vamos dado o crescimento da frota mais forte do que o esperado, além de informações operacionais e financeiros mais recentes positivas.

O preço-alvo do BTG para a companhia é de R$ 73 para os próximos 12 meses. Com base no preço de fechamento de ontem, de R$ 56,63, o upside é de 28,9%.

Durante o dia do investidor da Simpar (SIMH3), holding controladora da Vamos, a empresa disse que pretendia elevar sua frota em seis vezes até 2025, chegando a 100 mil caminhões. A expectativa do BTG era de que, no período, a empresa operasse com 45 mil caminhões.

“Embora vejamos esta mensagem como bastante otimista, concordamos que a indústria de aluguel de caminhões no Brasil é certamente um oceano azul para a Vamos, com o segmento sendo pouco penetrado de todos os ângulos que olhamos”, diz o relatório.

A Vamos ocupa a lideração de seu segmento, e é o dobro do tamanho do segundo player, o que a coloca “em uma boa posição para lidar com esta oportunidade de crescimento”.

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O crescimento é pautado no investimento de R$ 1 bilhão apenas no primeiro trimestre. O BTG estimava em seus modelos que a empresa teria um Capex de R$ 1,8 bilhão no acumulado de todo esse ano.

Assim, o banco elevou a previsão de investimentos para R$ 1,8 bilhão em 2021, e para R$ 4,7 bilhões em 2022, de R$ 2,5 bilhões.

Vale ressaltar que o banco ainda se mostra conservador, assumindo que a frota da Vamos em 2025 será de 75 mil veículos, 25% a menos do que a companhia estima apresentar.

Ações da Vamos. Foto/Fonte: Status Invest.
Ações da Vamos desde o IPO. Foto/Fonte: Status Invest.

Vamos se aproveita de indústria aquecida

Outro aspecto destacado pelo BTG em seu relatório diz respeito à recuperação mais forte do que o esperado no setor.

A indústria brasileira de veículos pesados ​​tem um histórico volátil, comenta o banco. O segmento enfrentou tempos difíceis nos últimos anos, principalmente a partir de 2012, quando houve uma grande queda nos volumes devido a transições tecnológicas.

Somado aos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a idade média da frota brasileira ficou ainda maior.

Entretanto, executivos do setor comentam que desde meados de 2020, o mercado de caminhões o ritmo do setor tem sido melhor do que o esperado, e agora a indústria espera crescer 20% neste ano, frente a um desempenho já forte em 2020, quando o mercado foi o único segmento de automóveis a crescer.

A Vamos realizou sua abertura de capital no fim de janeiro deste ano. Desde então, as ações da empresa subiram mais de 85%. A companhia vale R$ 12,8 bilhões na B3.

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Jader Lazarini

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