Ações da Vale (VALE3) devem subir mais de 30%, segundo Itaú BBA; veja preço-alvo

O Itaú BBA divulgou um novo relatório nesta terça-feira (19) com projeções para as ações da Vale (VALE3), após os resultados do segundo trimestre de 2025. A casa manteve a classificação outperform para os papéis, que equivale a uma recomendação de compra.

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De acordo com o banco, as ações VALE3 podem avançar mais de 30% até o fim de 2026, considerando a cotação atual de R$ 53,41 registrada nesta manhã. O preço-alvo VALE3 estabelecido pelo Itaú BBA é de R$ 70 por ação negociada na bolsa brasileira e de US$ 13 por ADR.

O preço-alvo para o final de 2026 é o mesmo projetado anteriormente pela instituição financeira para o fim deste ano. “Estamos mantendo nossa recomendação outperform para Vale e introduzindo um preço-alvo de US$ 13 por ação no final de 2026, inalterado em relação ao preço-alvo anterior para 2025”, diz o relatório.

O Itaú BBA projetou ainda um “potencial de valorização de 31% baseado no fluxo de caixa descontado (DCF)”. O documento ressalta ainda que o papel negocia a “3,8 vezes EV/Ebitda estimado para 2026, abaixo do patamar considerado justo, próximo de 5 vezes”.

Dividendos da Vale (VALE3) podem ganhar espaço

Segundo o relatório, há possibilidade de distribuição adicional de dividendos da Vale ou recompras de ações já em 2025. A instituição estima que a mineradora encerre o ano com dívida líquida expandida próxima de US$ 16 bilhões, acima do ponto médio da meta da companhia, que varia entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões.

“Acreditamos que, se os preços do minério de ferro permanecerem próximos dos níveis atuais, a Vale teria conforto com a geração futura de caixa e poderia distribuir dividendos adicionais ou realizar recompras. Em nossa visão, a administração favoreceria recompras, dado o preço atual da ação”, destacou o BBA.

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Minério de ferro e ajustes nas estimativas

O Itaú BBA revisou sua curva de preços para o minério de ferro. “Acreditamos que o equilíbrio entre oferta e demanda pode se manter relativamente balanceado nos próximos trimestres, com demanda consistente da China e do Sudeste Asiático”, avaliou.

Com isso, a projeção para 2025 foi elevada de US$ 95 para US$ 99 por tonelada. Para 2026, a estimativa passou de US$ 90 para US$ 95 por tonelada.

Apesar da revisão para cima nos preços, o banco reduziu suas estimativas de Ebitda da Vale (VALE3) para refletir menores volumes no mercado de pelotas. A projeção agora é de US$ 14,1 bilhões em 2025, 3% abaixo do cálculo anterior. Para 2026, a estimativa é de US$ 15,5 bilhões, crescimento anual de 10%, mas 2% inferior ao previsto anteriormente.

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Giovanna Oliveira

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