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Vale (VALE3): Tiago Reis comenta rumores de ‘manipulação’ na companhia e expectativas de dividendos

Tiago Reis, fundador da Suno, comenta sobre rumores de manipulação na Vale

Tiago Reis, fundador da Suno, comenta sobre Vale

Recentemente, um dos conselheiros de administração da Vale (VALE3), Luciano Duarte Penido, renunciou ao seu cargo alegando “manipulação” no processo sucessório de CEO e uma “nefasta influência política” na empresa.

Tiago Reis, fundador e chairman da Suno, destaca que é difícil saber com precisão o que exatamente o conselheiro da Vale quis dizer com toda a sua carta, mas que é possível atestar que houve um incômodo dentro do colegiado com a pressão do Governo Federal.

“A parte do ‘nefasta influência política’ eu consigo interpretar bem. As informações são públicas, existiu uma pressão do governo federal para colocar o Guido Mantega. Outros nomes surgiram, ligados a estatais ou ao meio político. Isso deve ter incomodado o conselheiro. Inclusive um conselheiro tem deveres legais perante a sociedade, e acho que ele não quis trazer para si esse passivo de eventuais judicializações”, afirma.

“Eu no lugar dele faria o mesmo, apesar de não saber exatamente as informações que ele sabe”, completa.

Vale destacar que a renúncia se deu logo após o fim do processo de escolha do CEO da Vale, que resultou na recondução do atual presidente da companhia, Eduardo Bartolomeo.

Reis destaca que o executivo é respeitado no mercado e tem feito um bom trabalho em focar no core business da mineradora.

“Na minha visão, o que é bom para a Vale, é bom para o Brasil. E o que é bom para a Vale é ter um executivo de mercado com o Eduardo Bartolomeo, que tem feito um excelente trabalho. Eu torço para que o sucessor seja um profissional desse calibre”.

Dividendos da Vale irão aumentar?

Juntamente com o cenário de ruído sobre a governança na Vale, a companhia tem enfrentado alguns solavancos na bolsa durante os últimos pregões, por conta da queda na cotação do minério de ferro.

Reis, contudo, atesta que o patamar atual de preço da commodity é bom para a companhia e permite que ela tenha o “potencial de ser uma das maiores pagadoras de dividendos do Brasil”.

“O preço atual do minério de ferro, que fica entre US$ 110 e US$ 120, é um preço muito saudável pra Vale, já que a companhia tem um custo de produção na casa dos US$ 50, então ela consegue ter uma margem muito competitiva, gerar caixa e fazer programa de recompras de ações”, analisa.

“Os patamares atuais de preço do minério são bem próximos da média histórica dos últimos 10 anos. Nesse preço a companhia tem potencial de pagar cerca de 15% em se tratando de dividendos da Vale e/ou recompras de ações”, conclui.

Atualmente, conforme dados do Status Invest, os dividendos da Vale representam um dividend yield (DY) de 14,5%, com R$ 8,81 pagos por ação nos últimos 12 meses.

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