Vale (VALE3) e startup sueca H2 Green Steel impulsionam hidrogênio verde no Brasil

A Vale (VALE3) fechou um acordo com a startup sueca H2 Green Steel para alavancar seu plano de produção de hidrogênio verde. Nos termos acertados entre as companhias, elas devem começar a estudar áreas no Brasil e na América do Norte para o desenvolvimento de hubs industriais.

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A união da Vale com a H2 Green Steel para acelerar a descarbonização da indústria siderúrgica vem alinhada com os objetivos de ambas as empresas para o futuro. A startup sueca, listada na Nasdaq como H2GS AB, foi fundada em 2020 com foco na produção do hidrogênio verde para fomento de um setor menos poluente.

O aço, um dos maiores emissores de dióxido de carbono (CO2) do mundo, é a primeira vertical de negócios da empresa. A sede da H2 Green Steel fica em Estocolmo, na Suécia, e a primeira usina de aço verde em desenvolvimento pela startup está localizada no norte da Suécia, na cidade de Boden.

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Hubs industrias de hidrogênio verde

Os complexos industriais a serem construídos pela Vale e H2 Green Steel deverá fabricar produtos da cadeia siderúrgica de baixo carbono, como hidrogênio verde e ”hot briquetted iron” (HBI, conhecido em português como ferro-esponja). Para isso, serão usados os briquetes de minério de ferro produzidos pela Vale e fontes de energia renováveis para alimentar a produção de hidrogênio verde.

A localização dos hubs, além de seu número e capacidade ainda devem ser definidos a partir da disponibilidade e viabilidade analisada pelas empresas.

A vice-presidente executiva de Crescimento e Negócios de Hidrogênio da H2 Green Steel, Kajsa Ryttberg-Wallgren, falou em nota à imprensa que eles desejam explorar outras regiões geográficas onde possamos acelerar a descarbonização da cadeia de valor do aço, tanto no Brasil quanto em regiões da América do Norte. Segundo a executiva, essas áreas têm grande potencial devido ao acesso a fontes de energia renovável, minério de ferro de alta qualidade e disposição política para apoiar projetos de descarbonização.

“É uma grande oportunidade para explorarmos nossa parceria com a Vale além do fornecimento de pelotas para nossa principal usina em Boden”, explica Kajsa.

Plano da Vale para a descarbonização

Da parte da mineradora, a Vale (VALE3) espera alcançar a capacidade de produção de 100 milhões de toneladas de aglomerados (briquetes e pelotas) após 2030. ”Vemos um grande potencial no Brasil como um polo de produtos siderúrgicos de baixa emissão de carbono”, comentou o vice-presidente de Soluções de Minério de Ferro da mineradora, Marcello Spinelli.

Para o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, esses são os primeiros passos da mineradora no mercado de hidrogênio verde. ”A iniciativa reforça o papel da Vale como indutora da ’neoindustrialização’ do Brasil,” comenta.

Enquanto fomenta a indústria de baixo carbono e estimula a cadeia do hidrogênio verde no país, a Vale (VALE3) caminha no âmbito sustentável, seguindo seu plano para produção de minério de ferro de alta qualidade e soluções inovadoras.

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Camila Paim

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