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Vale (VALE3): Relator avalia indenizações de R$ 54 bi por Brumadinho

As indenizações da Vale (VALE3) referentes à tragédia de Brumadinho podem chegar a R$ 54 bilhões, segundo estimativas do relator da Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha a negociação entre a mineradora Vale e o governo mineiro, deputado Rogério Correia (PT-MG). A informação foi divulgada pela Agência Câmara.

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Na última sexta-feira (27), ele se reuniu com a procuradora-chefe do Ministério Público Federal de Minas Gerais, Silmara Cristina Goulart, e com o procurador Eduardo Henrique Soares para debater os rumos da negociação.

Segundo a Agência Câmara, o relator disse que a Vale fez uma contrapoposta de R$ 16 bilhões, valor bem inferior ao estabelecido pelo Ministério Público, a Defensoria Pública e o governo do estado de Minas Gerais.

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“O governo de Minas apresentou uma conta de R$ 26 bilhões que seria o ressarcimento material para recuperação do rio, e também para aquilo que o governo gastou a mais, e o MP avaliou um ressarcimento moral e para as pessoas atingidas de maneira geral um ressarcimento de R$ 28 bilhões. O total seria de R$ 54 bilhões. Este valor foi apresentado à Vale e transformado em ação judicial”, disse o relator.

Vale disse que diálogo continua

O valor a ser pago pela Vale referente a Brumadinho é um assunto que preocupa os acionistas. Neste mês, o banco Morgan Stanley afirmou em relatório que a Vale deve provisionar mais de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 21,2 bilhões) no primeiro trimestre de 2021 em razão das negociações com as autoridades de Brumadinho.

Depois disso, a Vale declarou que segue mantendo diálogo com o estado de Minas Gerais e com as instituições de justiça, e que os acordos divulgados na imprensa até o momento são meramente especulativos.

Segundo comunicado enviado na sexta-feira (20) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os valores de um possível acordo deverão considerar diversos aspectos econômicos, inclusive alguns desembolsos em curso ou já incorridos. “Por esse motivo, os valores mencionados até o momento são especulativos e não guardam relação direta com os pedidos dos autores das ações civis públicas”, segundo a Vale.

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Natalia Gómez

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