Vale (VALE3): Executivos serão investigados por omitirem informações

Executivos da Vale (VALE3), incluindo o atual diretor-executivo (CEO) da companhia Eduardo Bartolomeo, estão sob investigação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) por suposta omissão fraudulenta de informações relevantes aos acionistas e investidores da mineradora. As informações são do jornal Valor Econômico.

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O inquérito envolve a empreitada de US$ 2,5 bilhões da Vale em busca dos direitos de exploração da mina de ferro da Simandou, na África Ocidental. O negócio foi firmado em 2010 com a israelense BSGR, mas acabou desfeito, gerando disputa em cortes internacionais.

Na época, as duas empresas firmaram um joint venture para explorar o minério de ferro da mina africana, que possui a maior jazida do mundo e ainda é inexplorada. A Vale, porém, saiu do negócio afirmando que a empresa israelense conseguiu os direitos de exploração de forma fraudulenta, recorrendo ao suborno do então ditador da Guiné Lansana Conté, morto em dezembro de 2008.

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A investigação acontece após a BSGR entrar com notícia-crime em outubro do ano passado. O Ministério Público determinou que a Polícia Civil tome os depoimentos dos antigos e atuais executivos da Vale mencionados na acusação, incluindo o CEO da mineradora. Além disso, o órgão determinou também que a Comissão de Valores Mobiliários (CMV) preste informações sobre o caso.


O inquérito foi instaurado na última quarta e está a cargo da Delegacia da Repressão ao Crime Organizado (DRACO), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O ex-juiz federal Serio Moro, contratado por Beijamin Steinmetz, dono da BSGR, deu parecer jurídico e opinou ter havido infração por parte dos executivos da Vale, com base no artigo 177 do Código Penal e de dispositivos da Lei das S.A.[

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Vale foi inocentada em cortes internacionais

A Vale, ao Valor, afirmou que desconhece o inquérito e que o assunto já foi decidido em cortes internacionais. Steinmetz, segundo a mineradora, conta versões diferentes para a Justiça brasileira para as cortes internacionais: afirmou, lá fora, que não houve ato ilegal da sua parte, enquanto no Brasil a declaração é que os executivos da Vale tinham conhecimento das irregularidades.

A Justiça da Suíça deu causa ganha à Vale e condenou Steinmetz a ressarcir a empresa brasileira.

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Vitor Azevedo

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