Vale (VALE3) investe R$ 6 bi para filtrar rejeitos

A mineradora Vale (VALE3) vai colocar em operação no segundo trimestre sua quarta planta de filtragem de rejeitos de mineração, desta vez na mina de Brucutu, em Minas Gerais. A companhia já investiu US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões) nessas plantas com o objetivo de diminuir a dependência de barragens e melhorar a qualidade do minério de ferro. Até 2025, vai investir mais US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 6,5 bilhões) na tecnologia.

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O vice-presidente executivo de ferrosos da Vale, Marcello Spinelli, diz que as plantas permitem elevar a qualidade do minério neste ano e aumentar a capacidade de produção a partir de 2023.

Além de Brucutu, uma unidade foi inaugurada em Vargem Grande, em março de 2021, e duas no Complexo de Itabira, em janeiro deste ano. “As plantas colocam a gente na rota de recuperar a capacidade de 400 milhões de toneladas de produção”, diz Spinelli.

Com a filtragem, o material impuro pode ser empilhado em estado sólido, reduzindo a dependência de barragens – estratégia da empresa desde a tragédia de Brumadinho, em janeiro de 2019.

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Oscilação do minério de ferro não vai afetar projeções da Vale para 2022, diz Ativa

A Ativa Investimentos subiu o preço alvo da Vale para R$ 110 e potencial de valorização de 9,5%, mas a recomendação dos analistas continua neutra.

De acordo com a Ativa, no quarto trimestre, a Vale compensou menores preços com maiores volumes, na visão de que o mercado de ferrosos esteja passando por ajustes de oferta, que já era insuficientes antes. Mas a oferta está se tornando mais escassa agora, em função dos conflitos geopolíticos — mesmo com a demanda dando sinais de melhora, sobretudo na China.

“Diante de tal assimetria, a Vale segue tentando retomar um maior nível produtivo em finos de minério, se aproveitando dos momentos favoráveis dos preços de cobre e níquel para monetizar a divisão de metais básicos, além de seguir avançando em sua agenda de segurança”, afirmam os analistas.

Ao simular preços médios de minério de ferro a US$ 130, a Ativa vê a companhia negociar EV/Ebitda de 2022 em 4x, proporcionando um retorno sobre fluxo de caixa livre de 15,6%, além da distribuição de yield de 13,6% em 2022.

Sobre o minério de ferro, a Ativa observa que, ao término de 2021, a Vale atingiu uma capacidade produtiva de 340 Mtpa, “o que lhe dá conforto para atingir o guidance entre 315-335 Mt para 2022”.

“Mesmo com as fortes chuvas em janeiro, acreditamos que a Vale conseguirá compensar seus efeitos e entregar a produção dentro do guidance”, aponta o relatório.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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