Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) disparam no Ibovespa hoje. O que aconteceu?

Após as fortes quedas recentes, as ações da Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) iniciaram a semana com altas no Ibovespa. Nesta segunda-feira (8), por volta das 16h, os papéis da companhia somam 1,72%, 3,5% e 2,32%, respectivamente. Mas o que está ocasionando essas altas?

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Novamente, o motivo está na cotação do minério de ferro.

Se de um lado na semana passada os dados do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial da China deram um banho de água fria nos investidores —, em um movimento que derrubou a cotação da commodity —, agora, os mesmos dados deram gás aos contratos futuros.

À Reuters, especialistas afirmam que, em meio ao entendimento de desaceleração econômica chinesa e recuperação desigual de setores, o governo do país poderá buscar alternativas para mudar esse cenário.

“O decepcionante PMI de construção, manufatura e, agora, até mesmo de serviços terá causado sérias preocupações ao governo”, afirmou Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities, à Reuters.

Com isso, a cotação do minério de ferro, que chegou a atingir a mínima em cinco meses, voltou a subir nos mercados internacionais.

Os contratos para setembro em Dalian encerraram as negociações diurnas em alta de 5%, a US$ 104,33 (721,50 iuanes) a tonelada. Já os contratos para junho, na bolsa de Singapura, somaram 7%, a US$ 105,70 a tonelada.

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Diante do otimismo com a demanda pela commodity, não somente a Vale caiu no Ibovespa, mas seus pares de setor também sobem. Confira as cotações abaixo:

  • Vale (VALE3): +1,72%, a R$ 70,23;
  • CSN Mineração (CMIN3): +3,50%, a R$ 4,73;
  • CSN (CSNA3): +2,32%, a R$ 13,22;
  • Gerdau (GGBR4): +1,41%, a R$ 25,14;
  • Usiminas (USIM5): +1,07%, a R$ 7,57.

Vale vai receber US$ 67,9 milhões pela venda de participação na MRN

Após confirmar, na última semana, a venda de 40% da sua participação na Mineração Rio Norte (MRN), a Vale deu mais detalhes da transação.

Em comunicado ao mercado, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora revelou o acordo vinculante com a Ananke Alumina S.A., uma afiliada da Norsk Hydro ASA, corresponde a US$ 67,9 milhões.

De acordo com a Vale, a transação, que ainda está sujeita às aprovações regulatórias, conclui o desinvestimento completo dos ativos de alumínio da empresa, conforme anunciado em abril de 2010.

Na ocasião, os direitos de offtake [contrato de compra mínima garantida] de bauxita da MRN foram direcionados para a afiliada da Hydro, sob contratos de longo prazo.

Além disso, a nota destaca que o programa de desinvestimento permitiu que a Vale simplificasse e reduzisse a exposição ao risco dos seus negócios – resultando assim na eliminação de despesas de até US$ 2 bilhões por ano.

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Janize Colaço

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