Usiminas (USIM5): Genial destaca queima de caixa e cita ‘falácia do Ebitda’

Em relatório sobre a Usiminas (USIM5), analistas da Genial Investimentos chamaram atenção para o que consideram a ‘falácia do Ebitda’ nos números trimestrais da companhia, divulgados mais cedo nesta semana.

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A companhia amargou queda de mais de 12% no pregão desta terça (23) – fazendo com que as ações da Usiminas fossem a maior queda do Ibovespa no dia.

Conforme a Genial, apesar de um aumento de +28,4% t/t no EBITDA pós-reforma do AF3, já excluindo os efeitos não recorrentes do trimestre passado, a companhia enfrentou um desafio, passando de um cenário de potente geração de fluxo de caixa para uma queima de R$ 31 milhões no 1T24, indicando uma mudança significativa no sentido de regularizar os retornos comerciais em vez de colher benefícios de liberação de capital de giro, que eram provocados por uma situação atípica e ligado a reforma do AF3.

“O grande problema aí é que nos parece que o consenso fez conta de melhora de EBITDA, e esqueceu que comparar EBITDA com geração de fluxo de caixa é uma verdadeira falácia”, diz a casa.

Os especialistas observam que a Usiminas passou por mudanças significativas em sua dinâmica financeira nos últimos trimestres devido à gestão estratégica do capital de giro e a ajustes operacionais.

“Inicialmente, houve uma liberação substancial de capital de giro no valor de aproximadamente R$ 3 bilhões, somado em 3 trimestres consecutivos (2T23, 3T23 e 4T23), principalmente devido à desestocagem de placas durante a execução da reforma do Alto-forno 3 (AF3)”, explicam os analistas.

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Genial mantém cautela com Usiminas

A recomendação da casa para os papéis USIM5 segue neutra, com preço-alvo de R$ 8,70, poucos centavos abaixo do que as ações são negociadas em bolsa atualmente.

A avaliação dos especialistas é de que os números do 1T24 vieram majoritariamente em linha como nossa expectativa, com uma melhora marginal ante as projeções.

“O resultado foi puxado principalmente pela dinâmica de custos da unidade de negócio de siderurgia, com uma redução de -11,1% t/t no COGS/t para R$5.243/t, aprumando uma eficiência melhor do que a incialmente esperada por nós após a consolidação da reforma do Alto-forno 3 (AF3)”, diz a casa.

“No entanto, conforme nossa visão, bem como de acordo com os insights extraídos da conferência de resultados com analistas, a dinâmica de expressiva redução do COGS/t não deve perdurar, desencadeando novamente em um aumento no 2T24”, completa.

Com isso, a Genial diz “não enxergar o otimismo que o mercado havia precificado no papel”, principalmente pelas adversidades macro e dificuldade de geração de fluxo de caixa da Usiminas.

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Eduardo Vargas

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