Ucrânia aceita encontrar diplomatas da Rússia depois de Putin pôr forças nucleares em alerta máximo

O governo da Ucrânia aceitou em ir até a fronteira do país com Belarus para negociar um possível acordo para encerrar a guerra iniciada pela Rússia. O anúncio ucraniano aconteceu após o presidente russo, Vladimir Putin, colocar a força nuclear estratégica do país em ‘alerta especial’ — o nível mais alto.

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Com esse anúncio, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que está disposto a enviar uma delegação ucraniana para conversar com uma delegação diplomática da Rússia na fronteira entre Ucrânia e Belarus.

Antes, na manhã deste domingo (27), Zelensky havia indicado que Belarus não era um local neutro e, portanto, não era o lugar ideal para conversar. O presidente havia dito ainda que, só era possível conversar em Gome, cidade de Belarus, se os ataques da Rússia não tivessem partido de território bielorusso.

“Concordamos que a delegação ucraniana se reuniria com a delegação russa sem pré-condições estabelecidas na fronteira ucraniana-bielorussa, perto do rio Pripyat”, afirmou o comunicado de Zelensky.

“Alexander Lukashenko assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis posicionados em território bielorrusso permaneçam no solo durante a viagem, as conversas e o retorno da delegação ucraniana”, concluiu.

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A movimentação de Putin veio após o Ocidente ter elevado o grau de punição a Moscou, ao anunciar o início da desconexão de alguns bancos russos do sistema internacional de transferências financeiras.

Durante o encontro entre Putin com o ministro da Defesa Shoigu e o chefe de Estado Maior Gerasimov no Kremelin, o presidente russo disse que as sanções ocidentais são “ilegítimas” e ordenou colocar as forças nucleares “em um regime especial”.

“Os países ocidentais não estão apenas tomando ações econõmocias hostis contra nosso país, mas os líderes dos principais países da Otan estão fazendo declarações agressivas sobre nosso país”, disse Putin.

Tropas da Rússia invadem a 2ª maior cidade da Ucrânia

As tropas russas atacaram a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, neste domingo. O quarto dia de guerra entre a Rússia e Ucrânia teve inicio com explosões e avanço em outras regiões importantes. A capital ainda resiste e as tropas não conseguiram ocupar Kiev.

Um prédio residencial de nove andares, localizado em Kharkiv, foi atingido por um míssil russo e deixou uma mulher morta e 20 pessoas precisaram ser evacuadas. O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, disse que as tropas da Rússia estão “matando civis” de propósito e atacando cidades que nunca tiveram “nenhum tipo de estrutura militar”.

“Eles mentiram sobre o fato de que não atacariam os civis. Desde as primeiras horas da invasão das tropas russas, eles estão atacando as infraestruturas civis. Deliberadamente escolheram táticas para atingir pessoas e tudo aquilo que torna a vida normal: eletricidades, hospitais, jardins de infâncias, casas, entre outros. Isso poderia ter sido pior se não fossem nossas forças militares”, disse Zelensky.

Kharkiv fica cerca cerca de 480 quilômetros da capital da Ucrânia e, segundo o jornal britânico The Guardian, que citou o conselheiro do Ministério de Assuntos Internos da Ucrânia, a batalha na cidade é “dura”. O governo pediu à população local que busque abrigo e não saia de caso.

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Poliana Santos

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