Trump lança tarifa de 50% contra o Brasil: isenções surgem, mas quem realmente sai ganhando?

Nesta quarta-feira, 30 de julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre as importações do Brasil, elevando o total para 50%, considerando a tarifa de 10% já em vigor desde abril deste ano. A medida, inicialmente programada para entrar em vigor no dia 1º de agosto, foi adiada para o dia 6 de agosto. A decisão foi anunciada como uma resposta a práticas do governo brasileiro que, segundo Trump, prejudicam a segurança nacional, a economia e os direitos de expressão nos Estados Unidos.

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A tarifa afeta quase todas as exportações brasileiras para os EUA, mas há exceções importantes. Entre os produtos isentos da nova tarifa estão:

  • Artigos de aeronaves civis e componentes aeroespaciais;
  • Minérios, como ferro, estanho e alumínio;
  • Combustíveis, como petróleo cru, gás natural e carvão;
  • Insumos químicos e fertilizantes;
  • Polpa e suco de laranja;
  • Produtos de informática e telecomunicações;
  • Doações humanitárias (alimentos, medicamentos, roupas);
  • Materiais informativos, como livros e filmes.

Impacto para o comércio e setores exportadores brasileiros

O impacto das novas tarifas será significativo, principalmente para setores como café e carne, que representam uma parte importante das exportações do Brasil para os EUA. O analista Evandro Medeiros, da Suno, comentou sobre as consequências dessa medida: “Os frigoríficos brasileiros, como Minerva e JBS, serão os mais afetados, enquanto setores como minério e aço terão um alívio considerável, devido às isenções.”

Além disso, a tarifa de 50% também poderá afetar a volatilidade do mercado, com o impacto nas empresas mais sensíveis a essas mudanças. Para as empresas de suco de laranja e celulose, que estão isentas da tarifa adicional, a notícia foi mais positiva.

No entanto, Evandro destaca que a reação do mercado foi mais uma questão de volatilidade do que de impactos diretos nos resultados: “A reação do mercado não foi tão negativa quanto se esperava, já que o impacto das tarifas foi mais localizado em setores específicos”, disse Medeiros.

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Exceções e possibilidade de revisão da medida de Trump

O decreto também prevê a possibilidade de revisão ou ampliação das sanções, caso o Brasil tome medidas retaliatórias ou não resolva as causas da emergência declarada por Trump. Caso o governo brasileiro se alinhe com os interesses dos EUA em áreas como segurança e comércio, as sanções poderão ser modificadas ou suspensas.

De acordo com o decreto presidencial, a ação é justificada pelo risco representado pelas políticas do governo brasileiro para a segurança nacional dos EUA. Trump afirmou: “Recentemente, membros do Governo do Brasil tomaram ações que interferem com a economia dos Estados Unidos, infringem os direitos de expressão dos cidadãos norte-americanos e violam direitos humanos”.

O decreto ainda destaca ações específicas de figuras políticas brasileiras, como o Ministro Alexandre de Moraes, que foram vistas como uma ameaça à liberdade de expressão e ao interesse dos EUA em proteger suas empresas e cidadãos.

“As políticas, práticas e ações do Governo do Brasil são repugnantes para os valores morais e políticos das sociedades democráticas e livres e estão em conflito com a política dos Estados Unidos de promover governos democráticos em todo o mundo.” – trecho do decreto assinado por Trump.

Leia aqui a íntegra do decreto assinado pelo presidente Donald Trump sobre o Brasil.

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Maíra Telles

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