Trump diz que acordo comercial com a China pode ser atingido em um mês

O acordo comercial entre a China e os Estados Unidos pode ser fechado nas próximas semanas, disse o presidente Donald Trump nesta quinta-feira (04). Mais cedo, Trump e o vice-premiê chinês, Liu He, se reunirão para tratar das negociações do acordo.

Por outro lado, o representante de Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou que há algumas questões pendentes entre as duas potências. Negociadores chineses e americanos tentam chegar em um consenso sobre as políticas tarifárias. O presidente Trump disse que os pontos de divergência incluem tarifas e a acusação de roubo de propriedade intelectual.

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Ainda segundo funcionário americanos, o país asiático tem utilizado práticas desleais de comércio. No último dia 29 de março, Trump afirmou que as negociações para colocar fim a guerra comercial caminhavam “muito bem”.

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Tensão

Em 2018, China e Estados Unidos adotaram tarifas de importação. Os valores chegam a bilhões de dólares. A disputa prejudicou a indústria e a agricultura dos dois países. Além disso, os efeitos foram sentidos em outras economias do mundo.

Mesmo com o acordo, Trump deu a entender que as tarifas podem ser mantidas para garantir o cumprimento do acordo pela China. Por sua vez, a potência asiática aprovou uma lei que resguarda empresas estrangeiras da obrigatoriedade de transferir tecnologia para país asiático.

Guerra comercial

Em 2015, a China lançou o programa “Made in China 2025”, que tinha como objetivo fazer do país um líder mundial em setores, como:

  • aeronáutica;
  • robótica;
  • telecomunicações;
  • inteligência artificial
  • e veículos de energia limpa.

Aliado da produção chinesa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pareceu favorável ao progresso da China. Contudo, Trump observou perdas norte-americanas com o novo plano chinês.

Assim, os EUA pedem o fim de práticas comerciais que julga “injustas”, como:

  • Transferência de tecnologia imposta a empresas estrangeiras na China;
  • Roubo de propriedade intelectual dos EUA;
  • Subsídios concedidos a empresas estatais chinesas.

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Para “incentivar” Pequim a corrigir tais injustiças do comércio, a Casa Branca impôs novas tarifas de US$ 250 bilhões em produtos chineses. Em retaliação, a China aplicou tarifas adicionais a US$ 110 bilhões em produtos norte-americanos.

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Assim, os movimentos de alta nas tarifas recebeu o nome de guerra comercial da Imprensa. Com os crescentes indícios de desaceleração econômica global, o conflito tarifário entre as nações preocupou os investidores em 2018.

Renan Dantas

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