TransferWise obtém licença do BC para operar como corretora de câmbio

A TransferWise, fintech britânica de transferências de dinheiro entre países, recebeu nesta segunda-feira (8) a aprovação do Banco Central (BC) para operar como corretora de câmbio no Brasil.

Com essa licença, a TransferWise tem potencial de reduzir até a metade a tarifa cobrada sobre transações de câmbio. Atualmente, essa taxa está na casa do 1,5% do valor das remessas, visto que não será necessária outra corretora.

“O Brasil se tornou um dos cinco mercados prioritários da TransferWise com um crescimento majoritariamente orgânico, que foi 57% maior do que a média que vimos nos países em que atuamos. Há demanda crescente no mercado, que sofria com opções caras e ineficientes para enviar dinheiro para o exterior”, comunicou a líder da empresa na América Latina, Diana Ávila.

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A fintech criada há quase nove anos se popularizou ao utilizar um sistema mais rápido e barato para processar transferências internacionais. A empresa usa uma plataforma de compensações entre contas bancárias locais com o câmbio oficial. Segundo a TransferWise, este modelo já poupa aos clientes dois terços da tarifa média cobrada por bancos e corretoras de bancos.

A empresa de tecnologia financeira já funcionava no Brasil desde 2016 com serviços de transferência internacional de recursos, mas somente na posição de correspondente cambial com o suporte de bancos locais. Até o momento, a fintech informou já ter movimentado mais de R$ 26 bilhões entre o Brasil e o exterior.

TransferWise focará na ampliação dos serviços

Com a autorização da autarquia federal, o serviço britânico vai focar em integrar os sistemas que permitem um reporte de suas transações cambiais diretamente para o BC do Brasil.

Em seguida, a TransferWise pretende pretende ampliar seu portfólio de serviços, enquanto diminui seus custos. A empresa irá focar em incluir novas formas de envio de recursos, permitindo que pessoas físicas transfiram dinheiro para empresa, por exemplo.

“Iniciamos esse processo no fim do ano passado, permitindo que as pessoas transfiram dinheiro para instituições de ensino. Sem a necessidade de integrar nossos sistemas ao de parceiros, conseguiremos expandir o uso da nossa plataforma para mais fins com maior velocidade”, afirmo Ávila.

Segundo a executiva, o custo médio da plataforma é menor do que as taxas cobradas por outras instituições financeiras tradicionais. Desse modo para ela, a aposta é que com os ganhos de eficiência e otimização de processo, os valores cobrados caiam ainda mais.

A TransferWise recebeu há cerca de um ano um investimento de quase US$ 300 milhões (equivalente a R$ 1,446 bilhão). O novo aporte avaliou a empresa em US$ 3,5 bilhões.

Arthur Guimarães

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