Trabalho: desocupação cresce em 12 Estados do Brasil no 1º trimestre, diz IBGE

A taxa de desocupação do país no primeiro trimestre de 2025 ficou em 7,0%, cresceu em 12 das 27 Unidades da Federação e ficou estável nas outras 15, na comparação com o quarto trimestre de 2024. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, um dos medidores nacionais do mercado de trabalho, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE.

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Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) mostraram as maiores taxas, enquanto as menores foram de Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%). 

Na comparação anual, o número de desocupados das quatro faixas de tempo de procura por trabalho analisadas pela PNAD Contínua recuou frente ao mesmo trimestre de 2024. Além disso, o número de pessoas que buscavam trabalho por dois anos ou mais caiu para 1,4 milhão, o menor número de desocupados nesta faixa, para um primeiro trimestre, desde 2015.

Na divisão por gênero, a taxa de desocupação foi de 5,7% para os homens e 8,7% para as mulheres. Por etnia, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (5,6%) e acima para pretos (8,4%) e pardos (8,0%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (11,4%) superou as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,9%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 38,0% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%) e as menores, com Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%).

A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.

Trabalho com carteira assinada: SC lidera ranking

No 1º trimestre de 2025, entre os empregados do setor privado do país, 74,6% tinham carteira de trabalho assinada. As Unidades da Federação com os maiores percentuais de empregados com carteira assinada entre os trabalhadores do setor privado foram Santa Catarina (87,8%), São Paulo (83,4%) e Rio Grande do Sul (81,5%), e os menores, Maranhão (51,8%), Piauí (52,0%), e Pará (55,1%).

Já o percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria chegou a 25,3%. Os maiores percentuais desse indicador foram de Rondônia (35,6%), Maranhão (32,7%) e Amazonas (31,2%), e os menores, do Distrito Federal (19,0%), Tocantins (20,6%) e Mato Grosso do Sul (21,2%).

O rendimento médio real de todos os trabalhos habitualmente recebido foi estimado em R$ 3.410. Houve alta em ambas as comparações: frente ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.371) e ante o mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.279).

Tanto na comparação trimestral quanto na anual, o Nordeste (R$ 2.383) e o Sul (R$3.840) mostraram altas estatisticamente significativas dos rendimentos no 1 º trimestre de 2025, enquanto houve estabilidade nas demais regiões.

Já a massa de rendimento real habitual (R$ 345,0 bilhões) manteve estabilidade no trimestre e cresceu 6,6% (mais R$ 21,2 bilhões) no ano. O Sudeste apresentou a maior massa de rendimento real (R$ 174,9 bilhões) e o Norte, a menor (R$ 21,1 bilhões).

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Fernando Cesarotti

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