TIM (TIMS3): lucro líquido no 4T21 cai 26%, para R$ 768 milhões

A TIM Brasil (TIMS3) informou nesta quarta (23) que apurou lucro líquido normalizado de R$ 768 milhões no quarto trimestre de 2021, resultado que representa queda de 26% em relação ao mesmo período em 2020. A baixa no lucro líquido se deve à base de comparação mais forte, disse a companhia.

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O lucro da TIM disparou para R$ 1,038 bilhão um ano antes graças a um fator externo: os ganhos provenientes da fatia da operadora no capital do banco C6, com quem mantém parceria.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado atingiu R$ 2,449 bilhões no quarto trimestre de 2021, avanço de 2,9% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda oscilou 0,1 ponto porcentual para cima, indo a 51,0%.

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A principal alavanca para o crescimento do Ebitda foi a performance da receita de serviços móveis, com destaque para o bom desempenho do segmento pós-pago, da banda larga (TIM Live) e da geração de receitas oriundas das parcerias para oferta de conteúdo, conforme informou a companhia.

A receita líquida da TIM cresceu 2,6%, totalizando R$ 4,799 bilhões.

O resultado financeiro líquido gerou uma despesa de R$ 180 milhões, montante quatro vezes maior do que um ano antes – em razão de novas dívidas contraídas durante o ano visando ao financiamento da compra da Oi Móvel e licenças do 5G.

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Os custos operacionais normalizadas no resultado do 4T21cresceram 2,3%, para R$ 2,350 bilhões, mostrando uma evolução abaixo da inflação no País.

Os investimentos nas expansão das redes chegaram a R$ 1,255 bilhão, baixa de 14,2% na comparação anual, sem contar as licenças do leilão do 5G. Já se as licenças foram incluídas, há um acréscimo de R$ 3,585 bilhões em investimentos, chegando a R$ 4,840 bilhões.

A TIM fechou o quarto trimestre de 2021 com dívida líquida de R$ 3,723 bilhões e uma alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebtida) de 0,4x.

TIM: Receita de serviços sobe 4% no 4º trimestre

A receita de serviços da TIM subiu a R$ 4,620 bilhões, alta de 4% na comparação entre o quarto trimestre de 2021 com o mesmo intervalo de 2020.

A receita de serviços móveis avançou 3,8%. Aqui, o resultado foi puxado pelos planos pós-pagos, com alta de 3,7%, enquanto os planos pré-pagos tiveram resultado oposto: queda de 3,7%.

A receita média por usuário (Arpu) no setor móvel teve crescimento de 2,6% e atingiu R$ 27,7 por mês. Isso reflete a estratégia da companhia de monetizar sua base de clientes com a migração de clientes para planos de maior valor agregado.

No pós-pago, a TIM teve aumento das vendas nos planos impulsionadas pelas campanhas de Black Friday e Natal. No pré, a empresa sentiu o impacto da piora macroeconômica e fim do auxílio emergencial, que diminuiu as recargas.

Um dos destaques no segmento móvel foi recém criada plataforma de clientes – que abrange parcerias da TIM para ofertas de serviços variados, como finanças, educação e publicada. A receita aí foi de R$ 37 milhões, alta de 150%.

A receita com venda de produtos despencou 24,3%, para R$ 180 milhões, devido à falta de insumos e aparelhos, além da piora macroeconômica também.

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Metas da TIM

Já a receita do serviço fixo avançou 7,1%, para R$ 296 milhões. O segmento é puxado pela banda larga por fibra ótica (TIM Live), que cresceu 9,4%.

A companhia admitiu que houve uma desaceleração do ritmo de expansão da TIM Live por uma combinação de fatores: preparação para das redes para cisão, na parceria com a IHS; aumento da competição em algumas áreas; queda da performance nas áreas onde a TIM ainda atua com a tecnologia FTTC (fibra até o poste).

“A expectativa é de que em 2022, a TIM Live volte a ingressar em novas localidades com FTTH (fibra até a casa), de forma a aumentar ainda mais a participação dessa tecnologia no resultado da receita”. As casas passadas com FTTH já são de 4,2 milhões, segundo a tele.

A operadora tinha como projeção para sua receita de serviços um crescimento na ordem de um dígito médio (o equivalente a cerca de 5%). Na prática, a tele mostrou uma alta de exatos 5% no indicador, chegando a R$ 17,497 bilhões.

Para o Ebitda, a projeção também era de expansão na ordem um dígito médio: alta de 4,4%, atingindo R$ 8,738 bilhões.

O capex (investimentos) previstos era de aproximadamente R$ 4,4 bilhões em 2021. Foram entregues R$ 4,382 bilhões – desconsiderando os desembolsos para aquisições de licenças do 5G.

Por fim, o fluxo de caixa operacional da TIM (medido pelo valor do Ebitda menos capex) era de aproximadamente 24% da receita líquida. Na prática, ficou em 24,1%.

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Com informações do Estadão Conteúdo

Redação Suno Notícias

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