Guerra ao TikTok: EUA estudam medidas para evitar riscos à segurança; entenda

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, caminha para revisar regras federais a fim de lidar com potenciais riscos à segurança do TikTok e de outros aplicativos detidos por empresas estrangeiras, oito meses após optar por não forçar o fechamento da plataforma de compartilhamento de vídeos sediada na China.

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O Departamento do Comércio concluiu recentemente um período de comentários públicos sobre a mudança de regra proposta, que amplia o monitoramento federal para incluir explicitamente aplicativos – como o TikTok – que poderiam ser usados por “adversários estrangeiros para roubar ou de outra maneira obter dados”, segundo um memorando no Federal Register, o Diário Oficial americano.

Sob a regra, o secretário do Comércio poderia na prática barrar aplicativos estrangeiros considerados riscos inaceitáveis à segurança.

Isso poderia forçar plataformas de mídia social, como TikTok e outros aplicativos, a se submeter a auditorias, exames de seus códigos-fontes e monitoramento do uso dos dados dos usuários, segundo a regra proposta.

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As Forças Armadas dos EUA já proibiram seus membros de usar o aplicativo em dispositivos do governo. Alguns congressistas, como o senador Mark Rubio, dizem que a Casa Branca atua muito lentamente para apresentar um plano abrangente nessa frente.

O TikTok, da ByteDance, empresa sediada na China, não quis comentar o assunto.

Já a embaixada chinesa em Washington disse que os EUA não devem exagerar o conceito de segurança nacional e politizar questões econômicas.

ByteDance, dona da TikTok, deve fazer IPO em 2022

A ByteDance, controladora do aplicativo TikTok, decidiu suspender sua oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) após oficiais do governo chinês terem alertado a empresa sobre riscos de seguranças de dados. A informação foi divulgada pelo The Wall Street Journal.

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Mas, segundo as novas projeções da companhia, o IPO da ByteDance deve ocorrer somente em 2022.

A gigante da mídia social com sede em Pequim, avaliada pela última vez em US$ 180 bilhões em uma rodada de financiamento em dezembro, estava analisando realizar uma oferta nos Estados Unidos ou em Hong Kong.

No entanto, o fundador da dona do TikTok, Zhang Yiming, decidiu que seria mais sensato suspender os planos após reuniões com reguladores de seguranças de dados da China.

Essa movimentação da ByteDance acontece em contraste com a Didi, controladora da 99 no Brasil, que após realizar seu IPO na bolsa de Nova York, levantando US$ 4,4 bilhões, teve que, por determinação da China, suspender seu aplicativo no país.

Agora a Didi é alvo de investigação do órgão regulador da internet do país, que alegou que o aplicativo violou as leis de coleta e uso de informações pessoais, como ocorre agora com o TikTok.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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