Tesouro Direto: como a alta da Selic afeta seus investimentos e onde investir

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual na última quarta-feira (18), para 12,75% ao ano. A decisão, que representa o primeiro aumento desde agosto de 2022, reflete diretamente nos títulos do Tesouro Direto.

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Muito além da alta dos juros na última semana, as projeções para a taxa Selic no curto e médio prazo seguem crescentes. No Boletim Focus desta semana, que é o relatório semanal divulgado pelo Banco Central com estimativas para a economia, a mediana das projeções do mercado financeiro para a taxa básica de juros no fim de 2024 subiu de 11,25% para 11,50%.

O cenário impacta o mercado de investimentos como um todo, especialmente os ativos de renda fixa que possuem seus rendimentos atrelados aos juros.

Como os juros altos afetam o Tesouro Direto?

Com a taxa Selic em alta, os títulos de renda fixa podem se beneficiar diretamente do cenário e atrair mais investidores. Entretanto, alguns papéis podem se destacar neste cenário, como é o caso dos títulos pós-fixados. 

“Na renda fixa, os títulos pós-fixados podem ser uma boa alternativa especialmente de curto prazo. Esses investimentos acompanham a taxa Selic, permitindo que o investidor se beneficie diretamente do ciclo de elevação dos juros”, explica Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital.

Além disso, de acordo com Rodrigo Azevedo, economista, planejador financeiro e sócio da GT Capital, os títulos pós-fixados atrelados ao Tesouro Selic 2027 e 2029 podem ser alternativas interessantes para os investidores neste momento.

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Como o nome sugere, ambos papéis estão atrelados à taxa Selic, no entanto, há uma diferença em relação a data de vencimento, que traz um adicional para a rentabilidade destes ativos. Atualmente, o Tesouro Selic 2027 possui uma rentabilidade anual de Selic + 0,06%, enquanto o Tesouro 2029 possui um acréscimo de 0,13% à Selic.

O sócio da GT Capital destaca ainda que o cenário de volatilidade da política monetária, além do início do novo ciclo de alta dos juros, faz com que o CDI real médio dos próximos 12 meses seja superior aos juros reais dos títulos atrelados ao IPCA de curto prazo.

“Por este motivo reduzimos a recomendação para títulos mais curtos de inflação, mas ainda mantendo uma posição neutra para inflação com vencimentos mais longos, pois para prazos mais longos enxergamos possibilidades de uma rentabilidade real maior para os investidores. Para ativos atrelados ao IPCA, o Tesouro IPCA 2035, 2045 e 2055 são opções interessantes”, finaliza o analista em relação aos títulos do Tesouro Direto.

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Giovanna Oliveira

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