Taurus diz estar pronta para atender demanda após decreto das armas

A Taurus Armas afirmou nesta quarta-feira (8) estar pronta para atender ao aumento da demanda que deve ocorrer após assinatura do decreto das armas. Nesse sentido, a empresa líder no setor acredita que a procura pelo objeto irá aumentar.

Com a assinatura do decreto, as ações da Taurus dispararam nesta quarta. Os papéis ordinários sobiam 12,4%, a R$ 4,35, e o as ações preferenciais avançavam 18,11%, a R$ 4,37.

De acordo com a Taurus, a procura vai aumentar principalmente por:

  • caçadores;
  • atiradores;
  • colecionadores;
  • “cidadão de bem”.

Para a empresa, com o decreto das armas, o “cidadão de bem” deve procurar o objeto majoritariamente para legítima defesa e segurança da propriedade. Além de conseguir atender à demanda, a Taurus afirma que está “absolutamente preparada” para enfrentar a concorrência.

“É um marco neste seguimento e a Taurus está pronta para atender todo o aumento de demanda, pois se preparou ao longo dos últimos anos com tecnologia e produtos no estado da arte, além de processos produtivos robustos que garantem a integridade dos produtos”, disse em comunicado.

Saiba Mais: Bolsonaro vai assinar decreto que quebra monopólio da Taurus

Quebra de monopólio da Taurus

No último domingo (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o decreto das armas teria como uma das consequências a quebra do monopólio da Taurus. A empresa do Rio Grande do Sul é a principal do setor no Brasil.

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Desde quando era candidato, o Bolsonaro recebeu apoio e críticas sobre a medida anunciada. Os familiares do presidente fizeram forte defesa da mudança na regulamentação das armas. Assim, um dos motivos apontados por eles é a baixa qualidade dos produtos da Taurus.

A declaração do presidente diz respeito à abertura do mercado de armas no Brasil. Nesse sentido, a Taurus afirmou que exporta para mais de 100 países e já compete com as maiores empresas de armas nos mercados de exportação.

Extensão do porte a políticos e outras carreiras

O decreto das armas estende o porte para pelo menos 20 categorias. Sendo assim, profissionais como políticos, caminhoneiros e advogados não precisarão comprovar “efetiva necessidade” para solicitar o porte de arma.

Saiba Mais: Bolsonaro assina decreto que altera regras de uso de armas e munições

Confira algumas dessas categorias que terão mais facilidade com o decreto de Bolsonaro:

  • políticos eleitos;
  • caminhoneiros;
  • advogados;
  • profissionais de imprensa que atuam em coberturas policiais;
  • agentes de trânsito.

A solicitação para o porte de armas é feita à Polícia Federal e precisava, até então, de uma série de requisitos como:

  • comprovação de aptidão técnica;
  • capacidade psicológica;
  • ausência de antecedentes criminai;
  • comprovação de necessidade.

Dessa forma, a necessidade deveria ser comprovada por exercício de atividade profissional de risco ou que representem ameaça à integridade física. Entretanto, a partir de agora esta solicitação será mais fácil e não terá mais tantas exigências.

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Promessa de campanha

O decretos de armas assinado por Bolsonaro era uma promessa de campanha do presidente. De acordo com o presidente, a medida trará maior proteção individual.

“O nosso decreto não é um projeto de segurança pública. É, no nosso entendimento, algo mais importante. É um direito individual daquele que, porventura, queira ter uma arma de fogo, buscar a posse, que seja direito dele, respeitando alguns requisitos”, declarou.

Dessa forma, as principais medidas do decreto são:

  • Quebra do monopólio de importação de armas no Brasil;
  • Autorização para colecionadores, atiradores desportivos e caçadores; (CASs) de se locomoverem entre a sua residencia e o local de tiros com a arma carregada;
  • Liberação para o proprietário rural com posse de arma de fogo usar arma em todo o perímetro da sua propriedade;
  • Praças das Forças Armadas com mais de dez anos terão direito ao porte de arma;
  • O total de compras de cartuchos passará de 50 para até mil cartuchos por ano;

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“Nós fomos ao limite da lei. Não inventamos nada nem passamos por cima da lei. O que a lei abriu oportunidade para nós, nós fomos lá no limite, lá nos ‘finalmente’. Apesar de eu falar agora que não é política de segurança pública, sempre disse que a segurança pública começa dentro de casa”, afirmou.

Beatriz Oliveira

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