Bolsonaro vai assinar decreto que quebra monopólio da Taurus

O presidente Jair Bolsonaro anunciou neste domingo (5) a assinatura de um decreto que tem como consequência a quebra do monopólio da Taurus. Com a medida, o presidente vai liberar a compra de munição “à vontade”. O decreto será assinado na próxima terça-feira (7) e facilitará a compra de armas e munições para atiradores esportivos.

A medida de Bolsonaro vai quebrar o monopólio da Taurus sobre o comércio de armas e munições. A Taurus é a maior fabricante do setor no Brasil. O decreto é uma das promessas de campanha do presidente.

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Desde quando era candidato, o Bolsonaro recebeu apoio e críticas sobre a medida anunciada. Os familiares do presidente fizeram forte defesa da mudança na regulamentação das armas. Um dos motivos apontados por eles é a baixa qualidade dos produtos da Taurus.

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Bolsonaro fez o anúncio a um atirador esportivo no Palácio da Alvorada, de acordo com o “Valor”. A confirmação ocorreu quando foi questionado pelo atirador. O presidente estava cumprimentando e tirando foto com apoiadores na porta de sua residência oficial.

Na ocasião Bolsonaro confirmou que vai acabar com o monopólio da empresa de armas. A Taurus é sediada no Rio Grande do Sul. O decreto para as mudanças altera o regulamento do Exército sobre o tema.

Saiba Mais: Bolsonaro facilita posse de armas: leia o decreto na íntegra

Taurus vende ações

As ações da Taurus foram vendidas no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de arma no Brasil.

O texto flexibiliza os critérios para manter uma arma em casa, ou seja, a posse de armas – não o porte. Por exemplo, reduz a discricionalidade das autoridades públicas em decidir quem pode adquirir armas. Essa era uma das promessas de campanha de Jair Bolsonaro.

De acordo com o comunicado da empresa, a Tauruspar Participações, controladora da companhia, vendeu no último pregão:

  • 260 mil ações ordinárias;
  • 923 mil ações preferenciais.

Desta forma, foram vendidas 0,56% de participações preferenciais e 3,27% de participações ordinárias.

A Tauruspar disse que a ação foi realizada para obter mais capital e não vai alterar o comando da empresa. “Transação foi efetuada para obtenção de recursos financeiros e não objetiva alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia”.

Beatriz Oliveira

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