Grana na conta

Suzano (SUZB3) corta estimativa de produção de celulose, é elogiada por analistas e sobe no Ibovespa; entenda

A Suzano (SUZB3) comunicou o corte de 4% na estimativa de produção de celulose para 2023. De acordo com o BTG Pactual, a decisão da administração da empresa é racional e correta. Nesta segunda-feira (5), os papéis da Suzano subiram no Ibovespa, em um dia marcado por ganhos contidos.

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“Observamos a mudança na estimativa da Suzano como uma decisão racional, com a administração optando por preservar o valor de ativos para tempos melhores (lembre-se que essas árvores continuarão crescendo!) e protegendo os retornos atuais da empresa”, afirma o BTG em nota.

Cotação SUZB3

Gráfico gerado em: 05/06/2023
1 Dia

Para o banco, a decisão talvez marque uma época de mais disciplina, levando em consideração o histórico da indústria. “Este é um sinal claro de uma líder da indústria de que os preços de US$ 500/t estão insustentavelmente baixos.”

A avaliação de analistas sobre a Suzano é de que a indústria de celulose tem sofrido com excesso de capacidade de oferta, e a decisão da companhia pode servir de incentivos para que outros players do mercado ajam de forma mais ponderada daqui para frente, como os fornecedores de baixo custo na Indonésia e Chile.

A partir das decisões da empresa, o BTG fixou o preço-alvo em R$ 71. Hoje, a Suzano teve uma valorização de 0,62% nos papéis, cotados por R$ 46,8. O movimento também beneficiou a Klabin (KLBN11), que fechou com alta de 0,42% (R $21,33).

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As implicações do corte da Suzano

Segundo analistas do BTG, uma perda temporária de participação no mercado não é algo assustador para a empresa. “É um detalhe para nós. Concordamos com a administração que é melhor preservar sua base florestal para tempos melhores do que queimar esse suprimento em níveis (quase) antieconômicos”, afirmam os estrategistas do banco.

Além disso, o BTG minimiza o impacto no Ebitda da Suzano(Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). “Esse movimento de curto prazo (2023) seria (facilmente) mais do que compensado por um aumento adicional de preço de apenas US$ 10-20/t. Em última análise, acreditamos que pode ser enganoso considerar apenas os impactos de volumes mais baixos e nenhuma compensação. Também acreditamos que esse movimento antecipa outra rodada de aumentos de preço, que já seria justificada com base nos níveis de preços de revenda na China de US$ 530/t.”

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Vinícius Alves

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