Suzano (SUZB3) confirma interesse em comprar International Paper

A Suzano (SUZB3) confirmou nesta quarta-feira (22) que tem interesse nos ativos da International Paper (IP).

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Apesar disso, a Suzano declarou que “não existe, até o momento, qualquer acordo, vinculante ou não, tampouco qualquer decisão ou deliberação dos órgãos de administração da companhia em relação a uma potencial operação, que contenham o mínimo de materialidade necessário à configuração de um fato relevante“.

Na véspera as ações SUZB3 afundaram cerca de 6% por conta de uma notícia de bastidores da Reuters de que a companhia de papel e celulosa estudava aumentar sua oferta inicial – que seria de US$ 15 bilhões, mais de R$ 75 bilhões no câmbio atual.

Esse pronunciamento da Suzano ocorre em resposta à solicitação apresentada pela B3, que cita que notícias publicadas na imprensa em 7 e 20 de maio de 2024 mencionam uma potencial operação envolvendo as duas companhias.

No dia 7 de maio foi quando saíram as primeiras notícias – que à época também fizeram as ações da Suzano desabarem na bolsa. No pregão desta quarta (22) os papéis recuam cerca de 0,4%.

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Dívida da Suzano beira R$ 60 bilhões

A companhia vem sendo penalizada pelo mercado já que, na eventualidade dessa aquisição se concretizada, a empresa teria de desembolsar muito caixa e aumentar drasticamente sua alavancagem.

A empresa terminou o primeiro trimestre de 2024 com uma dívida líquida de R$ 59,6 bilhões, um aumento de pouco menos de R$ 5 bilhões ante os R$ 55,5 bilhões registrados ao fim de 2023.

Em termos de alavancagem, essa divida representa 3,6 vezes o Ebitda da companhia. O indicador também avançou no trimestre, já que três meses antes, ao fim de 2023, a alavancagem da Suzano era de 3 vezes seu Ebitda, e em igual etapa do ano anterior era de 1,9 vezes.

“A Suzano realiza a contratação de dívida em moeda estrangeira como estratégia de hedge natural, uma vez que a geração de caixa operacional líquida é denominada, em sua maior parte, em moeda estrangeira (dólar) devido à sua condição predominantemente exportadora. Essa exposição estrutural permite que a Companhia concilie os pagamentos dos empréstimos e financiamentos em dólar com o fluxo de recebimento das vendas”, justificou a companhia em seu release de resultados.

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Eduardo Vargas

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