Suzano tem prejuízo de R$ 1,23 bi no 1º trimestre e ações caem 8% na B3

A Suzano registrou um prejuízo de R$ 1,23 bilhões no primeiro trimestre de 2019. Com isso, o resultado reverte o lucro que a empresa teve no mesmo período de 2018. Nesse caso, o registrado foi um lucro líquido de R$ 813 milhões.

No fechamento do pregão da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) nesta sexta-feira (10), a Suzano foi o destaque negativo do índice acionário Ibovespa. A baixa foi de 8,72% para R$ 40,31.

Entretanto, apesar do prejuízo, a receita líquida da Suzano apresentou um avanço de 90% na comparação anual. O valor divulgado foi de R$ 5,7 bilhões. Contudo, o Ebtida apresentou queda no início do ano. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização foi de R$ 2,76 bilhões no período. Com isso, o recuo foi de 18%. Já a margem Ebtida ajustada foi de 50% para 48%.

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A despesa financeira líquida da Suzano chegou a R$ 1,9 bilhão. No primeiro trimestre de 2019, o valor foi 353% maior que o mesmo período de 2018.

Resultados da Suzano após incorporação

Os resultados do trimestre divulgados pela Suzano foram influenciados pela incorporação com a Fibria. Ao ajustar os dados considerando a operação, o lucro de 2018 foi para R$ 1,4 bilhão.

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Por sua vez, a receita sofreu queda ao considerar a incorporação com a Fibria. O recuo foi de 15%, atingindo os R$ 6,7 bilhões. A redução da receita foi justificada pela Suzano principalmente pela queda nas vendas de celulose. Isso porque as vendas diminuíram 30%.

Contudo, essa redução foi em partes compensada pelo aumento do preço médio líquido da celulose, que avançou 17%. Além disso, o aumento de 19% na receita de papel também contribuiu para a manutenção da queda da receita da empresa.

A incorporação com a Fibria também impactou negativamente na despesa financeira líquida da Suzano. Isso porque os financiamentos decorrentes da combinação de ativos com a Fibria aumentaram a despesa em 80%. No mesmo sentido, também contribuiu para esse número a redução da posição de caixa.

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Outros fatores de influência negativa no balanço da Suzano foram as variações de câmbio e monetárias. Assim, esses pontos registraram R$ 456 milhões. Além disso, as operações com derivativos somaram R$ 637 milhões.

A Suzano comprou a Fibria em 2018. A aquisição custou R$ 36 bilhões, fazendo com que a empresa se tornasse a maior produtora de celulose do mundo. A incorporação das duas empresas foi aprovada pela assembleia de acionistas no início de abril deste ano.

Beatriz Oliveira

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