Stone cai 6,50% na Nasdaq após balanço: “sentimentos confusos”, diz BTG

A Stone despenca 6,50% na Nasdaq nesta sexta-feira (12), após divulgar na noite de ontem seu balanço do quarto trimestre de 2020. Para os analistas do BTG Pactual (BPAC11), os números despertaram “sentimentos confusos”, com a companhia apresentando um desempenho e uma performance fortes mas, ao mesmo tempo, frustrando no lucro líquido. Para o Goldman Sachs, os ganhos foram fracos, mas há tendências saudáveis.

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Para os analistas do BTG Eduardo Rosman e Thomas Peredo, a Stone mostrou ótima performance no volume total de pagamentos (TPV), no crescimento do número de cliente – ou “adições líquidas” -, na penetração de serviços bancários, no seu serviço de softwares e na carteira de crédito.

Tito Labarta, Gustavo Schroden e Nicholas Walker, do Goldman Sachs, pontuam, nesse sentido, que a Stone conseguiu tornar seus serviços mais baratos e diminuir suas despesas operacionais, com uma margem líquida chegando a 36,5%, maior nível histórico.

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O lucro GAAP da companhia, porém, ficou 10% abaixo do consenso do mercado, impactado pela diminuição do auxílio emergencial, por resultados fracos no pré-pago da companhia, o “Pagar.me”, e por gastos operacionais não recorrentes, principalmente com a aquisição da Linx.

Para o BTG, o lucro por ação ficou 16% abaixo da sua projeção e o Ebitda, 27%. O Goldman Sachs viu o lucro líquido recorrente 19% abaixo do seu consenso.

O banco americano, com isso, reduziu suas projeções para a Stone no futuro. A receita líquida, por exemplo, foi ajustada para um número de 11% a 16% menor nos próximos dois anos, e o lucro líquido em 2021 reduzido em 16%. Além da receita menor no quarto trimestre, as projeções atualizam os maiores gastos que a Stone anunciou, uma vez que quer aumentar seu número de funcionários para expandir os negócios.

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Stone deve continuar crescendo em 2021

Apesar do desempenho pior no quarto trimestre, o BTG viu 2020 como um “bom ano” para a Stone e afirma esperar uma “aceleração significativa” para 2021. O Goldman Sachs vai no mesmo caminho, acreditando na expansão da companhia, apesar das margens menores.

Além do impulso que a companhia teve em 2020 com a pandemia, que acelerou a digitalização da economia, a estratégia “ABC” da Stone deve, para o BTG, ser impulsionada pela aquisição da Linx.

A Ton, marca da da Stone focada nos microempreendedores, teria ainda mostrado, para o banco brasileiro, “resultados encorajadores”, com quase 34% dos clientes utilizando as soluções de pagamento, banco e crédito, contra 10% do total no quarto trimestre de 2019.

Com tudo isso, o tanto o BTG quanto o Goldman Sachs reiteraram suas recomendações de compra para a Stone e fixaram, ambos, o preço-alvo em US$ 100.

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Vitor Azevedo

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